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BRASIL

Lira pede que marco do saneamento seja aprimorada para evitar ‘brecha’

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Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados
Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), se pronunciou sobre o marco legal do saneamento básico, dizendo que há a necessidade de um aprimoramento na lei. Segundo ele, o Congresso Nacional deverá trabalhar na correção de “brechas” na atual legislação, como uma forma de evitar que haja casos de judicialização.

“Para as cidades com mais de 50.000 habitantes, as coisas andavam nas costas do Estado e o marco do saneamento disponibiliza que o privado participe dessas negociações, e essa lei precisa ser aprimorada”, afirmou Lira.

O presidente da Câmara estava no ato de lançamento da agenda legislativa de 2023 feita pelos operadores privados de saneamento. O discurso de Lira foi deixado de forma escrita, sido lido no evento após a deixada do presidente do recinto.

Lira diz que, na prática, o que se vê são “distorções” nos processos de concessões. “Algumas distorções ainda acontecem na execução prática das concessões. A vontade sempre do Parlamento é de fazer uma lei que atenda a todos […] mas o Brasil é muito peculiar em encontrar soluções que variam do 8 ao 8.000. Nessas brechas a gente precisa trabalhar duro para que corrija, para que evite judicializações”.

O presidente da Câmara falou também acerca dos investimentos em saneamento básico, explicando que a atitude significa uma economia nos gastos em saúde pública. “Nós vamos continuar trabalhando, na Câmara e no Congresso, de maneira bastante intensa para sempre oportunizar assuntos de relevância, como saneamento público no Brasil”.  Segundo o setor, cerca de 16% dos brasileiros não possuí acesso à água tratada, além de 44% que não possui coleta de esgoto.

Lira se mostrou favorável a participação ativa da iniciativa privada para investimentos no setor. 

Além de Lira, estavam presentes o ex-deputado e atual secretário-executivo do Ministério das Cidades, Hildo Rocha, que defendeu que haja um aprimoramento do marco legal.

Rocha disse que “não vai haver nenhum tipo de modificação para pior […] Eu fui um dos mais ativos participantes nesse novo marco do saneamento, mas tem alguma coisa que nós precisamos melhorar? Tem, sempre tem algo a ser melhorado. Mas, se for para ser modificado, é para melhor”.

A lei foi sancionada em julho de 2020, e ela define as regras que o setor e a universalização do saneamento, tendo acesso à água potável e ao tratamento de esgoto até o fim de 2033. É esperado que até esta data, 99% das pessoas tenham acesso à água potável e 90% ao tratamento e coleta de esgoto.

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Fonte: IG Nacional

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BRASIL

PF cumpre mandado em Cuiabá sobre venda de sentença no Judiciário

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Por Fabio Serapião

Da folhapress Brasilia

A Polícia Federal cumpre, na manhã desta quinta (24), mandados de busca e apreensão em uma investigação sobre venda de sentenças que envolve cinco desembargadores do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul.

Cinco desembargadores foram afastados dos cargos. Além das buscas, também há medidas como proibição de acesso às dependências de órgão público, vedação de comunicação entre investigados e uso de tornozeleira eletrônica.

Um mandado de busca e apreensão foi cumprido, na manhã desta quinta-feira (24), em um condomínio de luxo em Cuiabá,

O alvo seria um lobista e as investigações apontam para a ligação com morte do advogado Roberto Zampieri.

A ação foi batizada de Ultima Ratio e investiga os crimes de corrupção em vendas de decisões judiciais, lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e falsificação de escrituras públicas no Poder Judiciário.

Os mandados de busca foram expedidos pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) e são cumpridos por cerca de 200 policiais federais em Campo Grande (MS), Brasília (DF), São Paulo (SP) e Cuiabá.

A investigação sobre a comercialização de sentença teve apoio da Receita e é um desdobramento da operação Mineração de Ouro, deflagrada pela PF em 2021.

Na primeira fase, a investigação tinha como foco a suposta participação de integrantes do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul em uma organização criminosa.

O nome da operação teve como origem a descoberta de que a aquisição de direitos de exploração de mineração em determinadas áreas eram utilizadas para lavagem de dinheiro proveniente do esquema.

Esse não é o único caso relacionado a venda de sentença judicial em investigação no âmbito do STJ.

Um ministro do próprio tribunal está na mira da PF sob suspeita de venda de sentença.

CASO ZAMPIERI – As investigações que chegaram às suspeitas sobre o STJ se iniciaram após o homicídio de um advogado em dezembro do ano passado, em Mato Grosso.

O caso levou ao afastamento de dois desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

O advogado Roberto Zampieri foi assassinado com dez tiros em dezembro passado.

Na ocasião, ele estava dentro do carro, em frente ao seu escritório em Cuiabá.

Em seu celular, havia mensagens que levantaram suspeitas de vendas de decisões por gabinetes de quatro ministros do STJ.

As investigações iniciais apontavam como uma das motivações processos de disputas de terras que tramitam no Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

Outro caso de venda de sentenças ainda em andamento é no Tribunal de Justiça da Bahia.

Lá, a operação Faroeste se transformou no maior caso de venda de decisões judiciais do Brasil.

Nos últimos meses, duas desembargadores baianas se tornaram rés (uma delas pela segunda vez) no âmbito da operação, juízes do sul do estado foram afastados sob suspeita de irregularidades em questão fundiária e um magistrado da região oeste disse sofrer ameaças por julgar casos relacionados a grilagem.

No início de julho passado, a Corregedoria Nacional de Justiça decidiu fazer uma investigação diante de nova suspeita de irregularidades no tribunal, com convocação de testemunhas e análise de equipamentos eletrônicos.

Ao mesmo tempo, o corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, determinou uma apuração profunda sobre o tribunal, em decorrência de “gravíssimos achados”.

Entre eles, estão problemas na vara de Salvador encarregada de analisar casos de lavagem de dinheiro e organização criminosa. Há relatos de atrasos dos juízes em audiências, ineficiência e servidores da vara com temor de represálias de magistrados.

Cuiabá é uma das cidades alvo da Operação Ultima Ratio, que investiga supostos crimes de vendas de sentença, lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e falsificação de escrituras públicas no Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul. A ação foi deflagrada nesta quinta-feira (24), no estado vizinho.

Segundo a PF, são cumpridos 44 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça em Campo Grande (MS), Brasília (DF), São Paulo (SP) e Cuiabá.

A ação teve o apoio da Receita Federal e é um desdobramento da Operação Mineração de Ouro, deflagrada em 2021, na qual foram apreendidos materiais com indícios da prática dos referidos crimes.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou o afastamento do exercício das funções públicas de servidores, a proibição de acesso às dependências de órgão público, a vedação de comunicação com pessoas investigadas e a colocação de equipamento de monitoramento eletrônico.

 

 

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