Durante a sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, na terça-feira (11), o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) revelou ter “saudade” dos debates políticos que costumava travar com representantes do PSDB , partido do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, um dos principais opositores do atual governo.
“Eu tenho saudades do PSDB, daqueles debates. A gente tinha um debate, fazia um debate de nível, trazia argumentos, o outro respondia, contestava. Agora não, é uma sessão de gritarias, de insultos, desqualificados”, disse.
A comissão convocou o ministro Paulo Pimenta, nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para ser o nome do governo federal a tomar decisões importantes para a reconstrução do estado gaúcho. Contudo, a reunião foi marcada por embates gravados entre defensores e opositores da atual gestão federal.
Segundo o ministro, que também é parlamentar, a falta de diálogo e o clima hostil que tem tomado conta das discussões no Congresso Nacional, nos tempos atuais, são “preocupantes”, na palavra dele.
“Essa audiência aqui foi lamentável, foi lamentável porque o desrespeito que aconteceu aqui, eu digo primeiro o desrespeito ao povo do Rio Grande do Sul, na verdade não falaram de nada do Rio Grande do Sul, do drama do Rio Grande do Sul, em nenhum momento”, afirmou Lindbergh.
O deputado também criticou a postura de alguns colegas que, segundo ele, estão mais interessados em propagar fake news do que em discutir questões relevantes para a população.
Lindbergh Farias ainda alertou para a gravidade de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que tramita na CCJ e que, segundo ele, seria uma tentativa de interferir em investigações em curso.
“Essa PEC é um crime em si. Você sabe que é criminoso tentar atrapalhar a investigação. Tem investigação em curso. Eu quero chamar a atenção dos senhores deputados. Nós aqui, quando votamos, estamos tomando posição. É, na verdade, um ato de ofício”, ressaltou o parlamentar.
Veja o vídeo:
Os bolsonaristas não tiveram o menor respeito pelo RS. Fizeram um verdadeiro show de horrores hoje na CCJ e não debateram nada sobre o desafio de reconstruir o estado. Ministro @Pimenta13Br colocou os bolsonaristas no lugar deles! pic.twitter.com/BgiawWedUG
Além disso, Lindbergh Farias fez críticas ao último mandatário do governo federal, quando apontou para possíveis casos de corrupção envolvendo aliados do presidente Jair Bolsonaro.
O deputado mencionou uma investigação da Polícia Federal sobre uma nova tentativa de venda de joias nos Estados Unidos por pessoas próximas ao presidente, bem como um suposto plano de golpe de Estado.
“A Polícia Federal encontrou outra joia que aliados de Bolsonaro tentaram vender nos Estados Unidos. Está aqui é outra. Já tinham aqueles dois kits de joia, duas esculturas, um relógio. Isso é corrupção na veia. E a Polícia Federal está encerrando as investigações. Bolsonaro vai ser julgado e vai ser preso não só por isso, também pela tentativa de golpe de Estado”, disse na CCJ.
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.