Líderes de toda a Europa se reúnem nesta quinta-feira (5) em Granada, na Espanha, com a presença do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
A cidade andaluz recebe a segunda cúpula da Comunidade Política Europeia (CPE), plataforma surgida em 2022 para promover o diálogo no continente para além da União Europeia, e as discussões devem girar em torno do conflito russo-ucraniano.
“Aqui tem uma forte mensagem para Putin: não vamos aceitar o uso da força contra um Estado soberano”, afirmou a presidente da Comissão Europeia (poder Executivo da UE), Ursula von der Leyen.
Em meio a uma contraofensiva que não avança como esperado, Zelensky deve aproveitar a ocasião para reforçar o pedido por armas e sistemas de defesa antiaérea, sobretudo em vista da chegada do rígido inverno europeu, no fim do ano.
“A nossa esperança é a de manter a Europa unida”, disse o líder ucraniano ao chegar em Granada. “Nosso objetivo é conseguir um escudo de defesa aérea para o inverno, quando sofreremos muitos ataques de diversas dimensões”, acrescentou.
No entanto, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, garantiu que a UE está “preparando um novo e importante pacote de ajudas”.
Outro tema na pauta da cúpula de Granada deve ser a crise migratória no Mar Mediterrâneo Central, em meio às cobranças da Itália por mais apoio europeu para enfrentar a emergência.
“A proposta italiana não é para continuar falando de como distribuir as pessoas que entram ilegalmente na Europa, mas sim bloquear a imigração ilegal”, afirmou a premiê Giorgia Meloni, que defende o aumento dos investimentos europeus na África. “A Itália quer que exista uma abordagem não paternalista”, ressaltou.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.