Presidida pela premiê italiana Giorgia Meloni, diretamente de Kiev, na data em que o conflito completou dois anos , a cúpula deste sábado (24) resultou em um posicionamento conjunto: “Nos reunimos com o presidente Volodymyr Zelensky para homenagear novamente a coragem e a resiliência do povo ucraniano, que combateu incansavelmente pela liberdade e o futuro democrático da Ucrânia”.
“Seguimos convencidos de poder garantir que o povo ucraniano prevaleça na luta pelo próprio futuro e contribuir a formar uma paz global, justa e duradoura”, prosseguiram.
A declaração continua: “Continuaremos apoiando o direito da Ucrânia à autodefesa e a reforçar o nosso empenho pela segurança a longo prazo da Ucrânia”.
Na abertura da reunião, Zelensky afirmou contar com o grupo de países: “Vocês sabem muito bem do que precisamos para proteger nossos céus e reforçar as nossas tropas em terra, assim como todo o suporte de que precisamos para continuar tendo sucesso no mar, e percebem que precisamos rapidamente. Contamos com vocês”.
A declaração final do encontro disse ainda: “Não é direito da Rússia decidir se ou quando pagar os danos causados à Ucrânia. Segundo o Banco Mundial, esses danos superam os US$ 486 bilhões. Estamos determinados a desfazer qualquer ideia falsa de que o tempo esteja ao lado da Rússia, que a destruição das infraestruturas e dos meios de sustento não tenham consequências, ou que a Rússia possa prevalecer falindo a Ucrânia economicamente”.
O texto reafirma que os bens da Rússia sob as jurisdições de países do G7 ficarão congelados até que o país ressarça o governo de Kiev.
O grupo também manifestou apoio à “fórmula de paz” elaborada pelo governo ucraniano. “Enquanto a Ucrânia entra no terceiro ano desta guerra implacável, o governo e povo ucraniano podem contar com o apoio do G7 enquanto for necessário”, concluem.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.