Connect with us

Agronegócio

Lideranças rurais dizem que reduzir umidade da soja trará R$ 6 bi de prejuízos aos produtores

Publicado

em

A proposta de reduzir o teor de umidade da soja de 14% para 13% na classificação da oleaginosa tem gerado intensos debates no setor produtivo.

O debate mobilizou líderes da classe rural, agricultores e especialistas durante uma audiência pública realizada em Brasília na quarta-feira (13.12). O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) defendeu, durante a audiência na Secretaria de Defesa Agropecuária, a revisão do Regulamento Técnico da Soja. Segundo o Mapa, essa mudança seria necessária para atender a um novo padrão exigido pela China.

Isan Rezende

O presidente da Federação dos Engenheiros Agrônomos do Estado de Mato Grosso (Feagro-MT) e do Instituto do Agronegócio (IA), Isan Rezende, a proposta de redução do teor de umidade na soja preocupa por trazer sérios prejuízos aos produtores.

“É imprescindível promover um diálogo participativo entre os produtores e os órgãos reguladores. Essa mudança demanda uma avaliação cuidadosa dos impactos que podem surgir para os agricultores. É necessário considerar não somente o aspecto técnico da proposta, mas também os desafios logísticos e os potenciais prejuízos que isso poderia acarretar. Acredito que uma discussão aberta e transparente é crucial para tomarmos decisões que respeitem e atendam às necessidades e realidades do agronegócio”, opinou Rezende.

O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Fernando Cadore, expressou preocupação em um vídeo publicado nas redes sociais, mencionando que essa alteração pode acarretar prejuízos expressivos, estimados em quase R$ 2 bilhões para o estado, que é o maior produtor do país.

“Essa mudança impacta significativamente o setor produtivo. O que mais nos preocupa é que a base envolvida não foi consultada, não houve diálogo com os produtores. A Aprosoja-MT está extremamente apreensiva. Estima-se um prejuízo para os produtores em todo o Brasil superior a R$ 6 bilhões, sendo que no Mato Grosso esse valor pode chegar a quase R$ 2 bilhões”, destacou Cadore.

Além disso, Cadore ressaltou a falta de estrutura de armazenamento suficiente para a soja no estado do Mato Grosso, o que, segundo ele, agrava ainda mais a situação dos agricultores. Ele argumentou que outros aspectos, como grãos ardidos, avariados e percentuais, deveriam ser considerados na discussão.

“Nossas equipes técnicas estão dedicadas à classificação dos grãos há bastante tempo. A classificação atual é subjetiva. E de repente surge essa discussão sobre teor de umidade sem qualquer consulta prévia à base, o que é absurdo. Para os produtores do estado, a questão do teor de umidade não é o ponto central, e precisamos entender quem será responsável pelos impactos no setor produtivo diante de mudanças tão abruptas como essa”, enfatizou Cadore.

Na avaliação da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), a redução do teor de umidade poderia reduzir a competitividade internacional do Brasil, além de onerar o setor produtivo. “O produtor é o primeiro a perder com a redução da umidade para 13%. Não vamos aceitar essa alteração, pois não podemos absorver esse prejuízo. O produtor terá pelo menos 1,15% a menos de produto para vender, impactando diretamente na sua receita”, destacou, durante a audiência pública, o presidente da CT de Grãos da Faep, José Antonio Borghi.

Fonte: Pensar Agro

Continue Lendo

Agronegócio

Cooperativismo agrícola ganha destaque como motor de desenvolvimento sustentável e social

Publicado

em

Por

O cooperativismo no Brasil e no mundo exerce um papel cada vez mais relevante, especialmente no contexto agrícola. De acordo com a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), o país conta com mais de 4.500 cooperativas, das quais 71,2% são voltadas à agricultura familiar, um setor essencial para a produção de alimentos.

No âmbito global, existem mais de três milhões de cooperativas com cerca de um bilhão de membros, representando 12% da população mundial. Esse movimento tem sido destacado como um fator chave para o desenvolvimento social e econômico, especialmente em eventos de grande relevância, como a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2024 (COP29), que termina amanhã (22.11) em Baku, Azerbaijão.

De acordo com o Anuário do Cooperativismo Brasileiro, existiam em 2023, um total de 4.693 cooperativas no Brasil:

1185 do Setor Agropecuário
235 do Setor de Consumo
728 do Setor de Crédito
284 do Setor de Infraestrutura
720 do Setor de Saúde
655 do Setor de Trabalho, Produção de Bens e Serviços
886 do Setor de Transporte

As cooperativas Agropecuárias possuem mais de 1 milhão de cooperados e representam uma força significativa na produção e comercialização de alimentos e matérias-primas.

O cooperativismo no setor agrícola vai além da produção de alimentos e da geração de lucro. Ele se transforma em uma ferramenta poderosa de desenvolvimento sustentável, proporcionando vantagens econômicas tanto para o agricultor quanto para o meio ambiente.

As 10 maiores e quanto faturaram segundo dados da Forbes Agro100 2023:

  • COAMO – R$ 26,07 bilhões
  • C. VALE – R$ 22,44 bilhões
  • LAR COOPERATIVA – R$ 21,07 bilhões
  • COMIGO – R$ 15,32 bilhões
  • COCAMAR – R$ 10,32 bilhões
  • COOXUPÉ – R$ 10,11 bilhões
  • COPERCITRUS – R$ 9,03 bilhões
  • COOPERALFA – R$ 8,41 bilhões
  • INTEGRADA COOPERATIVAS – R$ 8,32 bilhões
  • FRÍSIA Agroindustrial – R$ 7,06 bilhões

Matheus Kfouri Marinho, presidente do Conselho de Administração da Coopercitrus, destacou em seu discurso na COP29 que a adoção de práticas sustentáveis, como a integração lavoura-pecuária-floresta e o uso de tecnologias de precisão, gera economia para os produtores e, ao mesmo tempo, reduz o impacto ambiental. Essa visão inovadora evidencia o potencial do cooperativismo como um catalisador de práticas agrícolas mais responsáveis.

A importância do cooperativismo no Brasil é ainda mais evidente, considerando que ele representa mais de um milhão de produtores rurais. Como explicou Eduardo Queiroz, coordenador de Relações Governamentais do Sistema OCB, as cooperativas têm uma presença vital no cotidiano dos brasileiros, sendo responsáveis por metade dos alimentos consumidos no país, desde o café até a carne.

Além disso, as cooperativas facilitam a comunicação direta com o produtor rural, permitindo discussões sobre sustentabilidade e práticas agrícolas mais eficazes. Exemplos como o da Cooxupé, que oferece educação ambiental e muda para a preservação do meio ambiente, e o projeto Gerações, que busca promover melhorias nas propriedades rurais, reforçam o papel fundamental das cooperativas no desenvolvimento de uma agricultura mais sustentável e socialmente responsável.

Fonte: Pensar Agro

Continue Lendo
WhatsApp Image 2024-03-04 at 16.36.06
queiroz

Publicidade

Câmara de Vereadores de Porto Esperidião elege Mesa Diretora