O deputado José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara, vai procurar o presidente Arthur Lira (PP-AL) e as lideranças de bancada para discutir como reduzir a agressividade entre parlamentares. Segundo ele, os embates ocorridos na última quarta-feira (5) preocupam todos os congressistas e algo precisa ser feito.
Por isso, o governista afirma que vai tentar dialogar com todos os líderes da Casa para buscar uma saída para a exaltação dos deputados. Para ele, a frequência de desentendimentos pode contaminar o ambiente de discussão do plenário da Câmara. “Nós temos que ter juízo, isso aqui vai se transformar numa praça de guerra, qualquer decisão aqui vira guerra. Não pode um clima desses aqui dentro. Isso quebra qualquer convivência minimamente respeitosa” , disse ao jornal Folha de São Paulo.
Após a parlamentar passar mal, houve discussão entre a deputada Érika Hilton (PSOL-SP) e uma apoiadora do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não identificada. Erika e outros parlamentares e assessores do PSOL acusam a mulher de estar filmando Erundina sendo levada em uma cadeira de rodas, em meio a provocações. Nas imagens da TV Câmara dá para ver que a mulher está segurando o celular e apontando para o local por onde Erundina é retirada. Em vídeo no momento da discussão, a mulher nega que tenha filmado a parlamentar.
Na mesma tarde, um manifestante de esquerda foi empurrado pelo deputado Éder Mauro (PL-PA) e levou um tapa no rosto, desferido por um assessor do parlamentar. A briga começou quando o ativista, que preferiu não se identificar, gritou “Bolsonaro na Papuda” , em referência ao complexo penitenciário no Distrito Federal.
A sessão do Conselho de Ética julgou a possibilidade de cassação do deputado federal André Janones (Avante-MG). Ele foi acusado pela prática de “rachadinha” quando partes dos salários de funcionários do gabinete são repassados ao parlamentar.
Janones foi absolvido pela acusação de rachadinha por 12 votos a cinco. Após o anúncio do resultado, deputados aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e da base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) começaram a trocar insultos e provocações.
O deputado do Avante chamou os bolsonaristas de “boiolas” e convocou Nikolas Ferreira (PL-MG) “para conversar lá fora” . A situação escalou e a Polícia Legislativa Federal foi obrigada a separar os congressistas. Janones foi retirado da sala, mas o parlamentar do PL o seguiu pelos corredores da Câmara.
“Você é um frouxo, você é um mentiroso. Seu m****. Vamos lá fora então, quero ver”, afirmou Nikolas. “Vamos só nós dois. Tira a gangue, tira a gangue, tira a gangue. Vagabundo, boiola, tomar no seu c*, bandido. É só nós dois. Vem cá” , respondeu Janones.
Único candidato de oposição na eleição da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso, o advogado Pedro Paulo garantiu que, caso eleito, a entidade terá a menor anuidade do Brasil. A iniciativa é uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB”, que assegura ainda a implantação da isenção da taxa, por um ano, para o advogado que estiver iniciando a carreira.
Atualmente, a advocacia mato-grossense desembolsa cerca de R$ 1.018 de anuidade. De acordo com Pedro Paulo, mesmo com um orçamento estimado na casa dos R$ 22 milhões, a Seccional de Mato Grosso cobra um dos valores mais caros do país. O candidato concedeu entrevistas, nesta quarta-feira (06), tanto para a tv quanto para a rádio Vila Real.
O advogado criticou a fala de membros ligados à atual gestão da OAB-MT que afirmam ser impossível implantar as iniciativas. “Sabe por que eles dizem que não é possível fazer? Porque para eles está cômodo. Se a OAB tiver responsabilidade com a receita, consegue colocar em prática. Basta querer. Nós vamos fazer, pois não há impedimento para isso”, afirmou.
Um dos pontos apontados por Pedro Paulo que dificultam, hoje, que a administração da Ordem execute as medidas é o excessivo gasto com festas, marketing e viagens. Ele argumentou ainda que é comum que jovens advogados do estado enfrentem dificuldades para começar e, diante disso, é primordial que a instituição ofereça todo apoio possível a esses profissionais.
“A OAB-MT tem uma receita projetada de algo em torno de 22 milhões. Se a gente reduzir os gastos exagerados, é possível, sim, isentar a anuidade ou cobrar um valor simbólico para o jovem advogado. Eu já passei por essa situação, de precisar e não ter esse suporte, por isso fiz questão de colocar essa proposta no nosso programa de governo”, relatou.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. A eleição para diretoria da Seccional Mato Grosso, pelo triênio 202/2027, acontece no dia 18 de novembro.