Equipes de resgate na cidade de Derna, a mais atingida pelas devastadoras inundações que atingiram a Líbia no início da semana, pediram mais sacos para transportar cadáveres, que continuam a aparecer em grandes quantidades. O receio das autoridades locais é que doenças sejam espalhadas aos sobreviventes.
“Precisamos de equipes especializadas na recuperação de corpos. Temo que a cidade seja infectada por uma epidemia devido ao grande número de corpos sob os escombros e na água” disse o prefeito de Derna, Abdulmenam al-Ghaithi, segundo o jornal britânico The Guardian.
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), a administração local tem culpa na tragédia. “Os alertas poderiam ter sido emitidos, e as forças de gestão de emergências poderiam ter retirado a população, e poderíamos ter evitado a maioria das vítimas”, disse Petteri Taalas, chefe da Organização Meteorológica Mundial da ONU. Autoridades locais pedem investigações para encontrar responsáveis.
Nesta quinta-feira (14), a ONU lançou um apelo para conseguir US$ 71,4 milhões para auxiliar a Líbia de forma emergencial. Segundo o órgão, a ideia é “responder às necessidades mais urgentes de 250 mil pessoas, das 884 mil pessoas estimadas em necessidade, durante os próximos três meses”.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.