BRASIL

Levantamento indica quase 2 mil cidades com pessoas em áreas de risco

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Tomaz Silva/Agência Brasil
8,9 milhões de pessoas vivem em locais de vulnerabilidade no Brasil

Segundo levantamento da Casa Civil e do Ministério das Cidades, 1.942 municípios têm pessoas vivendo em regiões de risco, suscetíveis a deslizamentos, enxurradas e enchentes. Atualmente, 8,9 milhões de pessoas vivem em locais de vulnerabilidade.

A quantidade é 136% maior do que a obtida no último estudo, de 2012, que apontava 821 municípios. O novo mapa de risco conta com dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), do Serviço Geológico do Brasil e do Atlas de Vulnerabilidade a Inundações, produzido pela Agência Nacional das Águas (ANA).

O mapeamento deve integrar o Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil, que será apresentado pelo governo. Essas áreas devem ser atendidas no novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com uma verba que pode chegar a R$ 14,9 bilhões até o final de 2026. O plano prevê deslocar famílias dos locais de maior risco para novas moradias, e obras de contenção de encostas ou mitigação de inundações em algumas regiões.

Fortes chuvas atingem RJ e Porto Alegre

O levantamento é evidenciado pelo estrago causado em áreas de vulnerabilidade após fortes chuvas atingirem o Rio de Janeiro no final de semana, deixando milhares de moradores em situação de calamidade no domingo (14). Segundo o Corpo de Bombeiros, 13 pessoas morreram.

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), decretou situação de emergência na cidade. Na região de Acari, bairro da Zona Norte do Rio, mais de 20 mil pessoas sofreram com as chuvas, segundo a associação de moradores. Uma das 13 vítimas morava no bairro. De acordo com moradores, o bairro sofre com alagamentos há anos.

Em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, 27 postes cederam e cerca de 150 árvores caíram durante a noite desta terça-feira (16), após uma tempestade atingir a região. Os ventos chegaram a 89km/h. Uma pessoa morreu em Cachoeirinha, região metropolitana de Porto Alegre.

O prefeito, Sebastião Melo (MDB), também decretou situação de emergência. Segundo o município, o fornecimento de energia elétrica foi interrompido em vários bairros, afetando cinco das seis estações de tratamento de água.

Fonte: Nacional

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