Connect with us

Economia

Juventude – em busca de oportunidades é tema do Caminhos da Reportagem

Publicado

em

A taxa de desemprego no Brasil é de 8,8%, segundo a pesquisa mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre os jovens de 18 a 24 anos, esse índice é o dobro: 18%.

Esse intervalo (entre 18 e 24 anos) geralmente marca a transição dos estudos para o mercado de trabalho – motivo pelo qual essa faixa etária passou a ser usada na definição da chamada “geração nem-nem”: jovens que não estudam nem trabalham.

O episódio Juventude – em busca de oportunidades vai ao ar neste domingo (4) às 22h, na TV Brasil.

“O Brasil tem um dos maiores índices do mundo: de 10 a 12 milhões de jovens nessa situação. É uma geração desassistida”, explica Ildo Lautharte, economista do Banco Mundial.

Ao longo do programa, a equipe de reportagem da Agência Brasil conversou com uma série de jovens que se encaixam nesse perfil, para entender os motivos de estar fora dos bancos escolares e sem emprego, ao mesmo tempo.

“Há quase dois anos estou sem estudar. Isso me deixa preocupado, porque penso: será que vou conseguir completar meus estudos e encontrar um trabalho?”, se pergunta Nathan Oliveira, de 19 anos.

Loretta Santos, de 21 anos, terminou o ensino médio, mas não deu continuidade aos estudos. Ela deixou o último emprego em janeiro, porque, sem rede de apoio, não conseguiu conciliar a rotina profissional com a criação do filho.

“Em vários dias eu tinha que sair do trabalho às 22h. Só que o meu filho sai da creche às 17h30. Ficou muito difícil, né? Eu precisava contar com outras pessoas e nem sempre a gente tem outras pessoas para contar”, desabafa.

“É natural que as empresas, de maneira geral, queiram contratar pessoas com experiência. Mas como romper essa barreira? Isso se dá por meio de programas específicos e, principalmente, do estágio. É nessa fase que o jovem começa a se ambientar com o mundo organizacional e a desenvolver novas habilidades”, diz o presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos, Paulo Sardinha.

No auge da covid-19, o Brasil teve 35,9% dos jovens entre 18 e 24 anos sem qualquer ocupação. A análise foi feita com os 38 países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e mais sete integrantes em potencial, como o Brasil.

O resultado brasileiro só é melhor que o da África do Sul. A média dos 45 países pesquisados é de 16,1%. Em contrapartida, os Países Baixos têm o melhor desempenho: 4,6%. O estudo foi divulgado em 2022.

Para entender esse cenário, a reportagem mergulhou na experiência dos cursos técnicos e profissionalizantes, conheceu de perto o trabalho de uma organização não governamental (ONG) que capacita ex-presidiários e conversou com um adolescente que cumpre medida socioeducativa.

“Eu faço curso profissionalizante aqui dentro. Aprendi a mexer no computador e estou aprendendo sobre almoxarifado de obras”, afirma.

O economista Ildo Lautharte ressalta que a “questão nem-nem não é simples nem rápida”. Mas garante que há saída. “Precisa de atenção maior na educação, na saúde, no mercado de trabalho. Enfim, uma ação conjunta, uma cesta de atividades. É o que pode solucionar o problema”, afirma.

A estudante Anna Júlia, de 21 anos, superou episódios de depressão e ansiedade, voltou a estudar e arrumou emprego após um ano longe da faculdade e do mercado de trabalho.

Brasília (DF) - Caminhos da Reportagem - Anna Júlia, conseguiu emprego após 1 ano sem estudar e trabalhar.  A taxa de desemprego no Brasil é de 8,8%, segundo a pesquisa mais recente do IBGE. Já entre os jovens de 18 a 24 anos, esse índice é o dobro: 18%.  Foto: Divulgaçāo Brasília (DF) - Caminhos da Reportagem - Anna Júlia, conseguiu emprego após 1 ano sem estudar e trabalhar.  A taxa de desemprego no Brasil é de 8,8%, segundo a pesquisa mais recente do IBGE. Já entre os jovens de 18 a 24 anos, esse índice é o dobro: 18%.  Foto: Divulgaçāo

Brasília (DF) – Caminhos da Reportagem – Anna Júlia conseguiu emprego após 1 ano sem estudar e trabalhar. Foto Divulgaçāo

“Eu acho que, às vezes, a gente se parece com um labirinto. Você chega em algum lugar e encontra uma parede. Então, tem que voltar e fazer um caminho diferente. Essa é a minha jornada, não é uma jornada reta”, explica.

Fonte: EBC Economia

Continue Lendo

Economia

Brasileiros ainda não sacaram R$ 8,56 bi de valores a receber

Publicado

em

Por

Os brasileiros ainda não sacaram R$ 8,56 bilhões em recursos esquecidos no sistema financeiro até o fim de julho, divulgou nesta sexta-feira (6) o Banco Central (BC). Até agora, o Sistema de Valores a Receber (SVR) devolveu R$ 7,67 bilhões, de um total de R$ 16,23 bilhões postos à disposição pelas instituições financeiras.

As estatísticas do SVR são divulgadas com dois meses de defasagem. Em relação ao número de beneficiários, até o fim de julho, 22.201.251 correntistas haviam resgatado valores. Apesar de a marca ter ultrapassado os 22 milhões, isso representa apenas 32,8% do total de 67.691.066 correntistas incluídos na lista desde o início do programa, em fevereiro de 2022.

Entre os que já retiraram valores, 20.607.621 são pessoas físicas e 1.593.630, pessoas jurídicas. Entre os que ainda não fizeram o resgate, 41.878.403 são pessoas físicas e 3.611.412, pessoas jurídicas.

A maior parte das pessoas e empresas que ainda não fizeram o saque tem direito a pequenas quantias. Os valores a receber de até R$ 10 concentram 63,01% dos beneficiários. Os valores entre R$ 10,01 e R$ 100 correspondem a 25,32% dos correntistas. As quantias entre R$ 100,01 e R$ 1 mil representam 9,88% dos clientes. Só 1,78% tem direito a receber mais de R$ 1 mil.

Depois de ficar fora do ar por quase um ano, o SVR foi reaberto em março de 2023, com novas fontes de recursos, um novo sistema de agendamento e a possibilidade de resgate de valores de pessoas falecidas. Em julho, foram retirados R$ 280 milhões, alta em relação ao mês anterior, quando tinham sido resgatados R$ 270 milhões.

Melhorias

A atual fase do SVR tem novidades importantes, como impressão de telas e de protocolos de solicitação para compartilhamento no WhatsApp e inclusão de todos os tipos de valores previstos na norma do SVR. Também haverá uma sala de espera virtual, que permite que todos os usuários façam a consulta no mesmo dia, sem a necessidade de um cronograma por ano de nascimento ou de fundação da empresa.

Além dessas melhorias, há a possibilidade de consulta a valores de pessoa falecida, com acesso para herdeiro, testamentário, inventariante ou representante legal. Assim como nas consultas a pessoas vivas, o sistema informa a instituição responsável pelo valor e a faixa de valor. Também há mais transparência para quem tem conta conjunta. Se um dos titulares pedir o resgate de um valor esquecido, o outro, ao entrar no sistema, conseguirá ver as informações: como valor, data e CPF de quem fez o pedido.

Expansão

Desde a última terça-feira (3), o BC permite que empresas encerradas consultem valores no SVR. O resgate, no entanto, não pode ser feito pelo sistema, com o representante legal da empresa encerrada enviando a documentação necessária para a instituição financeira.

Como a empresa com CNPJ inativo não tem certificado digital, o acesso não era possível antes. Isso porque as consultas ao SVR são feitas exclusivamente por meio da conta Gov.br.

Agora o representante legal pode entrar no SVR com a conta pessoal Gov.br (do tipo ouro ou prata) e assinar um termo de responsabilidade para consultar os valores. A solução aplicada é semelhante ao acesso para a consulta de valores de pessoas falecidas.

Fontes de recursos

No ano passado, foram incluídas fontes de recursos esquecidos que não estavam nos lotes do ano passado. Foram acrescentadas contas de pagamento pré ou pós-paga encerradas, contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras encerradas e outros recursos disponíveis nas instituições para devolução.

Além dessas fontes, o SVR engloba os seguintes valores, já disponíveis para saques no ano passado. Eles são os seguintes: contas-corrente ou poupança encerradas; cotas de capital e rateio de sobras líquidas de ex-participantes de cooperativas de crédito; recursos não procurados de grupos de consórcio encerrados; tarifas cobradas indevidamente; e parcelas ou despesas de operações de crédito cobradas indevidamente.

Golpes

O Banco Central aconselha o correntista a ter cuidado com golpes de estelionatários que alegam fazer a intermediação para supostos resgates de valores esquecidos. O órgão ressalta que todos os serviços do Valores a Receber são totalmente gratuitos, que não envia links nem entra em contato para tratar sobre valores a receber ou para confirmar dados pessoais.

O BC também esclarece que apenas a instituição financeira que aparece na consulta do Sistema de Valores a Receber pode contatar o cidadão. O órgão também pede que nenhum cidadão forneça senhas e esclarece que ninguém está autorizado a fazer tal tipo de pedido.

Fonte: EBC Economia

Continue Lendo
WhatsApp Image 2024-03-04 at 16.36.06
queiroz

Publicidade

Câmara de Vereadores de Porto Esperidião elege Mesa Diretora