Connect with us

MATO GROSSO

Justiça Restaurativa é tema de palestra durante 1º Encontro Pedagógico de Chapada dos Guimarães

Publicado

em

Cerca de 200 professores e auxiliares de desenvolvimento infantil (ADI) do município de Chapada dos Guimarães (62 km de Cuiabá) puderam se aprofundar sobre a Justiça Restaurativa, nesta quinta-feira (15). Eles participaram da palestra com o tema ministrada pelo diretor do Foro da Comarca, juiz Leonísio Salles de Abreu Junior.
 
“A Justiça Restaurativa é um convite de mudança dos parâmetros de convivência das relações humanas no enfrentamento dos problemas sociais, apresentando uma lógica de cooperação e de pertencimento. É um movimento social e não pertence apenas a estrutura do Poder Judiciário. Ela é feita pela comunidade, com a comunidade e para a comunidade. Aqui o significado de justiça refere-se ao valor justiça”, refletiu o magistrado.
 
O juiz apresentou a técnica restaurativa, explicou como o Círculo de Construção de Paz funciona, quem pode ser facilitador, como é a capacitação disponibilizada pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso e aproveitou para convidar os presentes a participarem do treinamento e se tornarem multiplicadores da prática.
 
Leonísio Salles de Abreu Junior afirmou que os círculos de paz são uma importante ferramenta da Justiça Restaurativa aplicadas pelo Poder Judiciário mato-grossense como mecanismo na pacificação de conflitos, fortalecendo, nutrindo e recuperando vínculos de toda ordem. Por meio de técnicas bem definidas e de comunicação não violenta, criando um ambiente seguro aos participantes.
 
“A proposta é ir além dos círculos, queremos que o município reveja, transforme sua estrutura de convivência interna educacional para uma gestão escolar restaurativa, com gestão democrática onde todos são protagonistas, com projetos que busquem a cooperação, a inclusão e o pertencimento de todos. Por isso trabalhamos com os círculos de paz na resolução ou enfrentamento de problemas e na corresponsabilização de todos os envolvidos para a pacificação social e escolar”, comentou.
 
“Não é com dor, ódio, exclusão e sofrimento que vamos mover a sociedade, mas sim com amor, união, conexão e alegria. Essa é a proposta da Justiça Restaurativa e conto com vocês para a transformação social da educação de Chapada”, encerrou o juiz.
 
A palestra faz parte da abertura do 1º Encontro Pedagógico da Secretaria de Educação do município, que segue até sexta-feira (16) no Salão Paroquial de Chapada. O encontro contou com a presença do prefeito Osmar Froner, secretário da Pasta, Benedito Lechner, vereadora Rosa Lisboa e o representante da equipe pedagógica, Francisco Burgo.
 
De acordo com a Secretaria de Educação, o evento marca um momento crucial para o desenvolvimento profissional e o aprimoramento da qualidade do ensino na rede municipal, onde os profissionais da educação terão um espaço de diálogo sobre as práticas pedagógicas, de forma a atingir a eficiência na execução dos programas voltados para educação básica. 
 
 
#Paratodosverem. Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão de pessoas com deficiência visual. Foto 1: juiz Leonísio Salles está em pé, segura o microfone com uma das mãos e fala com os participantes, que estão sentados.
 
Larissa Klein 
Assessoria de Comunicação CGJ-MT
 

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

Continue Lendo

MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

Publicado

em

Por

A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

Continue Lendo
WhatsApp Image 2024-03-04 at 16.36.06
queiroz

Publicidade

Câmara de Vereadores de Porto Esperidião elege Mesa Diretora