O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) pediu em um vídeo publicado nas redes sociais nesta quarta-feira (26) a soltura do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres e afirmou que se algo acontecer com ele a culpa será da Justiça. Segundo Eduardo, ele já chegou a ouvir que o ex-ministro tem pensado em suicídio na prisão.
“Se algo de pior acontecer com o delegado federal Anderson Torres, essa conta certamente vai estar junto à Justiça. Porque a própria PGR pediu a conversão (da prisão) em medidas cautelares. (A situação) é bizarra do ponto de vista jurídico. Espero que nada de pior venha a acontecer com Anderson Torres”, afirmou.
De acordo com o filho de Jair Bolsonaro (PL), o ex-ministro não oferece risco à ordem pública nem à ordem econômica e, além disso, não tentou fuga ou atrapalhou as investigações durante todo o tempo que esteve preso.
Piora no quadro de saúde
Detido desde o dia 14 de janeiro por suposta omissão nos atos golpistas de 8 de janeiro, Torres está com a saúde mental bastante abalada na prisão apontam os médicos.
“Houve piora significativa do estado geral do paciente, com perda de peso , mais ou menos dez quilos, aumento da frequência e intensidade das crises de ansiedade seguidas de crises de choro e nervosismo intenso acompanhada de preocupação intensa em relação às suas filhas menores”, disse o médico que acompanha o ex-ministro à coluna de Bela Megale, do jornal O Globo.
O profissional de saúde afirma ter feito “várias intervenções e ajustes de medicamentos com o intuito de reduzir consequências deletérias das crises (como risco de suicídio)” , mas diz que “houve resposta insatisfatória terapêutica aquém do esperado”.
O médico diz que os sintomas de Torres são: “sensação de desconforto e angústia física, pressão na cabeça associada a sintomas psíquicos como nervosismo, pensamentos ruins” e “episódios de medo de insegurança relacionada a familiares”.
O ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal está preso no 4º Batalhão da Polícia Militar, no Gama, no Distrito Federal, há aproximadamente 100 dias.
Moraes determina que ex-ministro continue preso
Na última quinta-feira (20), o ministro Alexandre de Moraes , do Supremo Tribunal Federal, determinou que Torres siga preso .
Na decisão, Moraes explicou que a prisão continuará porque foram descobertos novos indícios de envolvimento de Torres em tentativas de dificultar a votação em regiões no qual o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) era favorito no 2° turno das eleições do ano passado.
O magistrado argumentou que a investigação da Polícia Federal reforçou a necessidade de ter a manutenção da prisão do ex-ministro, principalmente por conta de “depoimentos de testemunhas e apreensão de documentos que apontam fortes indícios da participação do requerente na elaboração de uma suposta ‘minuta golpista’ e em uma ‘operação golpista’ da Polícia Rodoviária Federal para tentar subverter a legítima participação popular no 2º Turno das eleições presidenciais de 2022”.
Em 30 de outubro de 2022, data em que ocorreu o 2° turno, a Polícia Rodoviária Federal fez uma série de operações e parou carros, motos e ônibus que tinham eleitores em todo país. Boa parte dessas blitz aconteceu em estados do Nordeste. Essas paralisações foram proibidas por Alexandre de Moraes, mas a PRF ignoraram a ordem por algumas horas.
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.