A Justiça de Nova York decidiu nesta quinta-feira (30) em denunciar o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump por suborno. Ele é o primeiro ex-mandatário do país a ser acusado na esfera criminal.
Segundo a denúncia, Trump teria pagado, em 2016, US$ 130 mil, o equivalente a R$ 667 mil, para a atriz Stormy Daniels, estrela do pornô norte-americano. O dinheiro seria para a compra do silêncio da artista.
Daniels prometia divulgar um caso extraconjugal do ex-presidente em 2006. Trump ficou incomodado com a ameaça e teria subornado a atriz por intermédio de um aliado.
Segundo as leis americanas, o pagamento não é indício de crime, mas as suspeitas de que o dinheiro seria da campanha presidencial de Trump de 2016. Na época, o dinheiro teria sido creditado como honorários advocatícios ao advogado Michael Cohen.
Pelas redes sociais, Trump disse ser alvo de perseguição e culpou seus adversários pelo indiciamento. O empresário é pré-candidato à Casa Branca em 2024.
“Isto é perseguição política e interferência eleitoral no mais alto nível da história. Desde o momento em que desci a escada rolante dourada da Trump Tower, mesmo antes de ser empossado como presidente dos EUA, os democratas da esquerda radical se envolveram em uma caça às bruxas para destruir o movimento Make America Great”, disse.
Cohen disse que o indiciamento de Trump ‘é apenas o começo’. O advogado aproveitou para alfinetar o ex-aliado.
“Ninguém está acima da lei; nem mesmo um ex-presidente. A acusação de hoje não é o fim deste capítulo; mas sim, apenas o começo”, disse.
“Agora que as acusações foram apresentadas, é melhor deixá-las falar por si mesmas. As duas coisas que gostaria de dizer neste momento é que a responsabilidade é importante e mantenho meu testemunho e as evidências que forneci à promotoria”, completou o advogado.
O indiciamento de Trump, ao contrário do que propagou o próprio ex-presidente, não significa que ele será preso neste momento. É apenas um procedimento protocolar para constatar que a investigação do FBI apresentou provas suficientes para a abertura de um inquérito. As investigações devem continuar e podem durar meses até uma decisão definitiva.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.