Um juiz de Nova York declarou o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump e a Organização Trump responsáveis por fraude, afirmando que eles forneceram demonstrações financeiras falsas durante aproximadamente uma década. A defesa do ex-mandatário disse que ele pretende recorrer da decisão dessa terça-feira (26).
Ontem, o juiz Arthur Engoron acatou o processo da procuradora-geral do estado, Letitia James, que acusa Trump de inflar ilegalmente seus ativos e patrimônio líquido em até U$ 2,23 bilhões (R$ 11,1 bilhões) nas demonstrações financeiras anuais.
Conforme o processo, Trump, três de seus filhos, suas empresas e seus executivos teriam fraudado credores, seguradoras e outras entidades. Além disso, o ex-presidente ainda teria obtido um benefício financeiro “substancial” ao apresentar informações erradas sobre suas demonstrações financeiras.
Letitia James acusou Trump de ter mentido sobre seu patrimônio para obter melhores condições de empréstimos bancários e seguros.
Entre os ativos que tiveram os valores inflacionados estão a propriedade de Trump em Mar-a-Lago, na Flórida, seu apartamento de cobertura na Trump Tower, em Manhattan, e outros edifícios de escritórios, além de campos de golfe.
“Ele afirma que se os valores dos imóveis subiram nos anos desde que as [demonstrações financeiras] foram apresentadas, então os números não foram inflacionados naquela altura”, escreveu Engoron na decisão. “Ele também parece sugerir que os números não podem ser inflacionados porque ele poderia encontrar um ‘comprador da Arábia Saudita’ para pagar qualquer preço que ele sugerir.”
Um julgamento sobre o caso foi marcado para a próxima segunda-feira (2) e pode durar até dezembro.
O advogado de Trump, Christopher Kise, disse que a decisão é “completamente desconectada dos fatos e da lei”.
Nas redes sociais, um dos filhos do ex-presidente, Eric Trump também se manifestou sobre o caso. “Hoje perdi toda a fé no sistema jurídico de Nova York. Nunca antes vi tanto ódio contra uma pessoa por parte de um juiz – um esforço coordenado com o Procurador-Geral para destruir a vida, a empresa e as realizações de um homem. Dirigimos uma empresa excepcional – nunca falhamos no pagamento de um empréstimo, rendemos aos bancos centenas de milhões de dólares, desenvolvendo alguns dos activos mais emblemáticos do mundo. No entanto, hoje, a perseguição à nossa família continua.”
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.