A Justiça da França deve encerrar nesta segunda-feira (17) o julgamento sobre o acidente do voo 447 da Air France em junho de 2009. A empresa é acusada de homicídio culposo – quando não há intenção de matar – pela morte de 228 pessoas após a queda da aeronave.
Na época, o avião saiu do Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, com destino à Paris. Porém, a aeronave caiu no Oceano Atlântico hora após a decolagem.
Segundo as autoridades, o congelamento dos tubos de Pitot provocou o repasse de informações erradas de velocidade e altitude, fazendo os pilotos perderem o comando da aeronave.
A Justiça quer saber se a companhia treinou os pilotos para procedimentos de emergência após o congelamento dos tubos de Pitot. Os investigadores informaram que o sistema havia apresentado problema em outros voos.
Além da Air France, a Airbus também é investigada pelo tribunal francês. Os procuradores apuram se a fabricante da aeronave teria subestimado o problema e deixado de alertar as companhias sobre o possível congelamento dos tubos.
Se condenadas, a Air France e Airbus poderão ter que pagar € 225 mil, o equivalente a R$ 1,14 bilhão.
A promotoria pediu a absolvição das empresas. Já um grupo de familiares de vítimas do acidente pedem agilidade do tribunal para encerrar o julgamento, que começou em outubro do ano passado.
“O que nós esperamos, o que nós aguardamos, é que o tribunal, enfim, pronuncie uma decisão imparcial e condene a Airbus e a Air France, as culpadas das negligências e das infrações. É por isso que nós temos batalhado há praticamente 14 anos”, afirmou Danièle Lamy, que lidera o grupo de famílias vítimas do acidente, à AFP.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.