Connect with us

MATO GROSSO

Juízas de Mato Grosso participam de fórum sobre violência doméstica no Paraná

Publicado

em

Magistradas do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) participaram do 3º Fórum Paranaense de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher (Fovid/PR) realizado entre os dias 19 e 21 de junho, em Curitiba (PR). O evento, promovido pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR), teve como tema “Pluralidades: as diversas facetas no enfrentamento da violência doméstica” e reuniu profissionais que atuam diretamente no atendimento de casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, como as juízas da 1ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Cuiabá, Ana Graziela Vaz de Campos Alves Corrêa e Hanae Yamamura de Oliveira, e a juíza da 2ª Vara Criminal de Sinop Débora Paim Caldas.
 
Uma das novidades trazida do Paraná é o próprio Fovid. De acordo com a juíza Hanae Yamamura, o fórum regional é um modelo importante para fomentar discussões e tratar assuntos referentes à violência contra a mulher em Mato Grosso. “O Paraná foi o primeiro estado a realizar o Fovid. Recentemente foi criada uma cartilha, de como organizar o fórum. Estamos aguardando para que as diretrizes sejam estabelecidas e para que possamos implantá-lo em Mato Grosso.”
 
Sobre exemplos de boas práticas, Hanae contou que no Paraná o público é diversificado e a Justiça realiza um trabalho dentro de comunidades de grupos étnicos, como ciganos e quilombolas, mas também indígenas, que é um público grande nas terras mato-grossenses.
 
“Por exemplo, dentro da comunidade indígena podemos começar a tratar, porque temos indígenas aqui. Nós temos uma comunidade quilombola mais forte, que fica na região de Vila Bela da Santíssima Trindade, que podemos tentar trabalhar e ver o que está acontecendo lá, quais as reivindicações, se é que existem. Se algum grupo dentre essas mulheres quer falar (sobre as violências que sofrem, se sofrem). Eles têm trabalhos com grupos de mulheres trans e mulheres com deficiência. Foram várias experiências que elas estão trabalhando lá que podemos começar a pensar aqui também”, explicou a magistrada.
 
Para a juíza Débora Paim, o evento foi uma excelente oportunidade para a troca de ideias e compartilhamento de boas práticas. Ela disse que o TJMT vai disponibilizar para uso dos demais Tribunais, material em áudio e vídeo já produzidos, para a conscientização sobre a violência doméstica e seus malefícios e também sobre os direitos das mulheres, previstos na Lei Maria da Penha.
 
“Projetos como o das Blitz Educativas mensais e os Círculos de Construção de Paz para mulheres com medidas protetivas de urgência também serão disponibilizados porque são importantes ferramentas de conscientização e disseminação de informações sobre o tema, além de auxiliar as mulheres vítimas que estão fragilizadas e, na maioria das vezes, não sabe a quem recorrer”, explicou a magistrada.
 
Cemulher/TJMT – As juízas da 1ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Cuiabá, Ana Graziela Vaz de Campos Alves Corrêa e Hanae Yamamura de Oliveira, também fazem parte da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Cemulher-MT), que tem como coordenadora a desembargadora Maria Aparecida Ribeiro.
 
#Para todos verem. Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão de pessoas com deficiência visual. Descrição da Imagem: As três juízas aparecem, em pé, uma ao lado da outra sorrindo e olhando para a câmera. A primeira é Hanae, que tem ascendência japonesa, cabelos escuros, longos e lisos, olhos escuros. Ela usa um blazer preto, com camiseta branca, colar grande dourado. Em seguida está a juíza Ana Graziela. Ela é uma mulher de pele clara, cabelos loiros, longos e lisos e está usando um casaco longo xadrez nas cores creme e verde, com blusa preta. A juíza Débora Paim é uma mulher alta, magra, de cabelos escuros, longos e lisos. Ela está vestindo calça preta, blusa branca, casaco curto xadrez nas cores branca e preta e echarpe rosa escuro. Elas estão na frente de um pôster onde se lê: TJPR Cevid – Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar.
 
Marcia Marafon
Coordenadoria de Comunicação da Presidência do TJMT
imprensa@tjmt.jus.br
 

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

Continue Lendo

MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

Publicado

em

Por

A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

Continue Lendo
WhatsApp Image 2024-03-04 at 16.36.06
queiroz

Publicidade

Câmara de Vereadores de Porto Esperidião elege Mesa Diretora