Há 25 anos, uma mulher concretizou o sonho de se tornar magistrada e deixou a carreira de promotora de Justiça, na capital de Goiás, para iniciar a de juíza no interior de Mato Grosso, com uma filha recém-nascida nos braços. Assim começou o vínculo da juíza Maria Rosi de Meira Borba junto ao Poder Judiciário de Mato Grosso, onde hoje possui uma consolidada carreira na área criminal.
Atual presidente da Associação Mato-grossense de Magistrados (Amam), Maria Rosi, que atua no Juizado Especial Criminal da Comarca de Várzea Grande, é a 25ª entrevista do programa Por Dentro da Magistratura, uma iniciativa da Escola Superior da Magistratura de Mato Grosso (Esmagis-MT). O bate-papo contou com a participação do desembargador Marcos Machado, que integra o Conselho Consultivo da Esmagis-MT, e da jornalista Fernanda Fernandes.
Formada em Direito pela Universidade Federal de Goiás, Maria Rosi é pós-graduada em Direito Penal e Direito Processual Penal pela Universidade Estácio de Sá. Já foi auxiliar de escrivania no Tribunal de Justiça de Goiás, trabalhou na Câmara dos Deputados, em Brasília, e como advogada no Estado de Tocantins. Após uma breve passagem pelo Ministério Público de Goiás, ela adentrou na magistratura mato-grossense em 1998.
Na entrevista, ela falou sobre seu mais novo desafio – a Presidência da Amam – e salientou o fato de ter sido escolhida pelos colegas com muito carinho e afeto, numa campanha bastante tranquila. Além disso, destacou o fato de ser a primeira mulher a assumir a função em 52 anos de associação.
“O meu nome foi aceito, foi escolhido. E nesse momento estamos fazendo um trabalho muito bonito. Estão todos frequentando a Amam, vindo. É um momento importante, porque a magistratura, todos nós sabemos, passa por momentos muito difíceis. Então, quando a Amam se abre e traz todo mundo para dentro, e diz ‘olha aqui, a gente está junto’. De alguma forma a gente está se protegendo, a gente está se acolhendo, a gente está lutando pelos nossos direitos, pelo nosso espaço”, afirmou.
Mari Rosi contou sobre o sonho de infância de ser magistrada, sobre as funções profissionais desempenhadas antes da magistratura e sobre a vinda para Mato Grosso, onde iniciou a carreira na Comarca de Porto dos Gaúchos. “Fiquei nove meses no Ministério Público e foi experiência muito importante para mim. Mas eu sempre quis ser juíza, era uma coisa que estava em mim. Tanto que quando chamou aqui, eu não tive a menor dúvida, eu pedi exoneração no mesmo dia”, revelou.
Ela falou ainda sobre uso de novas tecnologias, carreira dos magistrados, necessidade de mudanças na Justiça, seu projeto social, problemas sociais relacionados às drogas e violência, entre muitos outros assuntos.
Por Dentro da Magistratura – Por Dentro da Magistratura é um projeto Esmagis/MT e tem como proposta conhecer experiências e condutas de magistrados a partir de situações pessoais durante a carreira, além de suas opiniões e escolhas e relacionamentos pessoais, institucionais e sociais, com o objetivo de transmitir tudo isso na forma de orientação ou recomendação a magistradas e magistrados.
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Lígia Saito
Assessoria de Comunicação
Escola Superior da Magistratura de Mato Grosso (Esmagis-MT)
Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT