A juíza distrital dos Estados Unidos, Tanya Chutkan, restabeleceu a ordem de silêncio contra o ex-presidente Donald Trump . A magistrada é a responsável por supervisionar o caso de uma suposta subversão eleitoral na disputa de 2020, quando o republicano foi derrotado por Joe Biden.
A juíza ainda negou o pedido do empresário de emitir uma suspensão de longo prazo da ordem. Isso proíbe que o ex-presidente ataque publicamente os funcionários ligados ao tribunal, potenciais testemunhas ou a equipe do procurador especial.
No processo, a juíza escreve: “Como o tribunal explicou, os direitos da Primeira Emenda dos participantes em processos criminais devem ceder, quando necessário, à administração ordenada da Justiça – um princípio refletido no precedente da Suprema Corte, nas Regras Federais de Processo Penal e nas Regras Penais Locais”.
“Ao contrário do que argumentou o réu, o direito a um julgamento justo não é apenas dele, mas também do governo e do público”, ela completa.
A juíza Chutkan emitiu a ordem no início de outubro, após os procuradores terem apresentado preocupações de que o empresário pudesse intimidar as testemunhas, e até encorajar atos contra os próprios procuradores através de declarações públicas.
O ex-presidente fez a apelação rapidamente, o que levou Chutkan congelar temporariamente a ordem no dia 20 de outubro. A equipe do procurador especial Jack Smith e os advogados de Trump litigavam sobre o assunto, esperando para ver se a juíza optaria por pausar indefinidamente durante o processo de apelação. Segundo Trump, a medida cerceia a sua liberdade de expressão.
“A administração corrupta de Biden acabou de retirar meu direito à liberdade de expressão da Primeira Emenda. Inconstitucional! Faça a América grande de novo!”, publicou o ex-presidente.
Trump enfrenta duas ordens de silêncio: uma de Chutkan, e outra do juiz que supervisiona seu julgamento por fraude civil em Nova York . Ambas as ordens geram um limite do discurso que Trump pode ter.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.