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MATO GROSSO

Juiz Ricardo Menegucci explica conceito de multiparentalidade no podcast Explicando Direito

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Está no ar a nova edição do podcast Explicando Direito, com uma entrevista com o juiz Ricardo Frazon Menegucci, titular da 2ª Vara da Comarca de Colíder, sobre multiparentalidade. Na conversa com a jornalista Elaine Coimbra, o magistrado abordou diversos aspectos deste tema, inclusive como deve ser a conversa com a criança que vive em uma família multiparental.
 
“Multiparentalidade nada mais é do que o reconhecimento jurídico de que uma pessoa pode ter mais de dois pais ou duas mães registradas no seu documento civil. É um conceito que reflete a diversidade dos laços familiares contemporâneos e é fundamentado no Princípio da Dignidade da Pessoa Humana e no direito à convivência familiar, conforme o artigo 227 da Constituição Federal e também o artigo 4º do Estatuto da Criança do Adolescente”, explicou.
 
Segundo o magistrado, o reconhecimento da multiparentalidade visa incluir, além dos pais biológicos, pais afetivos que desempenham papel essencial na criação e desenvolvimento da criança, independentemente de laço genético. “É bom salientar que o Supremo Tribunal Federal decidiu que o vínculo socioafetivo pode coexistir com o biológico, permitindo assim a inclusão de múltiplos genitores no registro civil.”
 
Ricardo Menegucci destacou que existem diversas configurações familiares, tanto aquelas que são reconhecidas por lei como aquelas que são reconhecidas pela jurisprudência. “Um exemplo, a família nuclear, que é aquela formada com pai, mamãe, filhos biológicos ou adotivos; a família monoparental, que é aquela que é composta por um genitor que cria os filhos; família extensa, que abrange outros parentes, como avós e tios; a família reconstituída, que é formada por pais separados e divorciados, que constituem novos lares com os filhos de outros relacionamentos; uma família homoafetiva, que é composta por casais do mesmo sexo, com ou sem filhos, e também a família multiparental, que é aquela que envolve o reconhecimento jurídico de mais de dois pais ou mães, seja eles biológicos ou socioafetivos.”
 
No podcast, o juiz assinala que o STF firmou entendimento de que vínculos biológicos e socioafetivos podem coexistir desde que ambos sejam evidentes e relevantes para o desenvolvimento da criança e que atendam ao princípio do melhor interesse da criança e do adolescente. “Podemos dizer que a fundamentação jurídica está toda ancorada no Princípio da Dignidade da Pessoa Humana, que tem a sua previsão na Constituição
 
Federal, e na Proteção Integral à Criança e Adolescente, que está prevista no artigo 227 da Constituição Federal e também no Estatuto da Criança e do Adolescente”, complementou.
  
Ainda segundo o magistrado, a conversa com os menores acerca da multiparentalidade deve ser feita de maneira clara, honesta e adequada à faixa etária da criança, sempre visando garantir que ela compreenda o papel de cada um dos pais em sua vida. “É fundamental que os pais reforcem que a multiparentalidade traz benefícios, como uma rede de suporte emocional mais ampla, ao invés de confusão ou divisão. A comunicação deve enfatizar o afeto e cuidado nos aspectos mais importantes da relação parental. Os pais devem estar preparados para esclarecer quaisquer dúvidas, sempre com sensibilidade e respeito ao bem-estar emocional da criança.”
  
 
 
 Outras informações podem ser obtidas pelo e-mail esmagis@tjmt.jus.br ou pelos telefones (65) 3617-3844 / 99943-1576.
 
#ParaTodosVerem – Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão das pessoas com deficiência visual. Descrição: peça publicitária retangular e colorida. Na lateral esquerda, o texto ‘Ouça agora no Spotify!’, seguido da palavra Podcast. No centro, o nome do programa Explicando Direito, com foto e nome do convidado, Ricardo Frazon Menegucci, bem como o tema Multiparentalidade. Na parte inferior, os endereços eletrônicos da Rádio Assembleia, Rádio TJ e Escola da Magistratura. Assina a peça o logo do Poder Judiciário de Mato Grosso e da Esmagis-MT.
 
Lígia Saito 
Assessoria de Comunicação 
Escola Superior da Magistratura de Mato Grosso (Esmagis-MT)
 

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

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MATO GROSSO

Projeto Reconstruindo Sonhos promove atividades de incentivo à reinserção social

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A Penitenciária Major Zuzi, em Água Boa (730 km de Cuiabá), iniciou nesta sexta-feira (04.10) a segunda edição do Projeto Construindo Sonhos, com a participação de 15 reeducandos. O projeto visa promover atividades, rodas de conversa, troca de experiências e incentivar a reintegração social.

As atividades vão ocorrer em seis semanas, com dois encontros semanais. Depois, os reeducandos participarão de um curso de qualificação, realizado por meio de uma parceria entre a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).

Como parte dos encontros, serão propostas rodas de conversas com trocas de experiências, além de momentos com uma assistente social e psicólogas da unidade, a fim de passar orientações de convívio social aos presos. A iniciativa visa discutir temas como valores, espiritualidade, trabalho, relações interpessoais e futuro.

O diretor da Penitenciária, Gilberto Antonio de Oliveira, destaca a importância de ações como esta para a ressocialização dos presos, reinserção no mercado de trabalho e diminuição da reincidência criminal.

“Esse projeto vai atender os recuperandos que estão próximos de sair, então ao realizarem o curso, eles vão ser preparados para retornar à sociedade, para voltar a conviver com a gente, e além de ter um preparo psicológico e orientações, eles também vão ser qualificados. Então, à medida que eles forem saindo, eles vão ter oportunidade de tanto ser inserido no mercado de trabalho, como estar bem preparados para voltar a conviver em sociedade psicologicamente”, afirma.

Os presos que participam do projeto foram escolhidos de acordo com o comportamento e a disciplina apresentados no período de privação de liberdade, e também considerando o ofício anterior e o tempo restante de pena.

Com a realização do curso após os encontros, eles terão a pena reduzida (um dia de pena a cada 12 horas de curso), de acordo com a Lei de Execução Penal (nº 7.210/1984).

A abertura do evento contou com a presença de autoridades e representantes de instituições que apoiam o projeto. Entre eles estavam o promotor de Justiça, Roberto Arroio Farinazzo Júnior, o secretário municipal de administração, Sebastião Antônio Lopes, a secretária municipal de Serviço Social, Valquíria Soares Dantas Ferreira, o vice-presidente do Conselho de Segurança Pública Municipal (Conseg), Geison Bissolotti, o major da Polícia Militar, Salmon Hilário Ribeiro, e o delegado regional da Polícia Civil, Valmon Pereira da Silva, além de servidores e multiplicadores envolvidos na aplicação do programa

O projeto Reconstruindo Sonhos é uma iniciativa do Ministério Público de Mato Grosso, e conta com parceria da Sesp-MT, Poder Judiciário, Defensoria Pública, Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT), Fundação Nova Chance (Funac) e o Instituto Ação Pela Paz.

*Sob supervisão de Fabiana Mendes

Fonte: Governo MT – MT

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