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MATO GROSSO

Juiz do TRE-MT fala sobre inovações, desafios tecnológicos e eleições

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Na décima edição do podcast Trilhas da Inovação, produzido pelo InovaJusMT, o Laboratório de Inovação do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, a gravação foi com o juiz auxiliar da presidência do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) e coordenador do Agora Quando Lab, Aristeu Dias Batista Villela, em um bate-papo sobre inovação e tecnologia no Judiciário.
 
Durante a entrevista, o juiz Aristeu enfatizou a importância dos laboratórios de inovação para repensar e modernizar os processos judiciais. Segundo ele, esses espaços surgem da necessidade de escapar do formalismo tradicional do Judiciário, buscando soluções mais criativas e eficientes para problemas antigos.
 
O Agora Quando Lab, Laboratório de Inovação do TRE-MT, nasce com essa filosofia. Inaugurado recentemente, o laboratório busca promover avanços na Justiça Eleitoral. O juiz mencionou que a ideia de inovar nas eleições não é nova em Mato Grosso, onde o protótipo da urna eletrônica foi desenvolvido. Ele destacou que o futuro das eleições pode incluir tecnologias como votação pelo celular com biometria para facilitar o processo eleitoral, tornando-o mais acessível. “Será que vamos conseguir votar pelo celular? Eu acredito que sim, que a gente já está caminhando para isso”, comentou.
 
Além das inovações tecnológicas, o Agora Quando Lab também se dedica a fomentar a criatividade e o desenvolvimento sustentável. Um exemplo disso é a obra de arte criada por uma artista do TRE, que homenageia a urna eletrônica com materiais recicláveis, demonstrando como a inovação pode se integrar com a cultura e a identidade local, fortalecendo o senso de pertencimento e a identidade regional dentro do laboratório.
 
Aristeu também abordou os desafios que o Agora Quando Lab enfrenta. A segurança nas eleições, especialmente com o avanço das deepfakes e outras tecnologias de manipulação digital, é uma preocupação constante. “Hoje em dia a inteligência artificial está fazendo vídeos de pessoas. Sim, os deepfakes e nós estamos atentos a isto e outras questões”, mencionou, enfatizando a importância de parcerias, como a recente formalização de um convênio com o governo estadual para utilizar dados biométricos, visando garantir a integridade do processo eleitoral. “Formalizamos há pouco tempo com o governo do estado de Mato Grosso o convênio para adquirir as biometrias que já são feitas em nível estadual para fazer esse confronto”, explicou.
 
O papel do Agora Quando Lab não se limita às inovações tecnológicas. Aristeu apontou a importância de fomentar a criatividade e o desenvolvimento sustentável, integrando esses valores nas atividades do laboratório. Ele disse acreditar que iniciativas como essas são fundamentais para criar um ambiente de inovação que reflete as necessidades e valores da sociedade.
 
O juiz destacou a importância de uma mudança na filosofia de comportamento dentro do Judiciário. “Eu acredito que a inovação deve ser incorporada de forma ampla, desde as práticas diárias até a cultura organizacional, para garantir um sistema Judiciário mais eficiente, acessível e integrado com a sociedade moderna, mudando alguns parâmetros. E isso é algo que a gente está discutindo lá dentro desse laboratório”, finalizou, citando o Agora Quando Lab.
 
O podcast Trilhas da Inovação é produzido pelo Laboratório de Inovação, InovaJusMT, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) e está disponível na Rádio TJ e também no Spotify.
 
Josiane Dalmagro
Laboratório de Inovação InovaJusMT
 
 

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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