O juiz de Nova York, Arthur Engoron , ameaçou prender o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , após ele violar “descaradamente” uma ordem de silêncio nesta sexta-feira (20). Segundo o magistrado, Trump, que está sendo julgado pela Justiça Novaiorquina, não retirou uma postagem em que zomba do escrivão e secretário de Engoron.
O empresário está sendo processado no tribunal civil . No início do julgamento desta sexta-feira, o juiz perguntou a equipe de defesa de Trump o por que “esta flagrante violação da ordem de silêncio não resultaria em sanções graves, incluindo sanções financeiras e/ou possivelmente na sua prisão”.
A ordem de silêncio foi emitida contra o empresário no segundo dia de julgamento, no início de outubro. O motivo foi o ataque de Trump contra a assistente jurídica do juiz, Allison Greenfield.
Nas redes sociais, Trump publicou: “Por que a principal secretária jurídica do juiz Engoron, Allison R Greenfield, está conversando com Chuck Schumer?”, com o link direcionando para a página pessoal da secretária.
O juiz ordenou que a postagem fosse retirada do ar, e que ele não fizesse post sobre os funcionários do tribunal. Entretanto, a publicação continuou no site da campanha semanas após a decisão.
Segundo o advogado de Trump, Christopher Kise , a “máquina de campanha” esqueceu de retirar o conteúdo do ar, e pediu desculpas pela violação. “Não houve intenção de fugir, contornar ou ignorar a ordem”.
Engoron afirmou que aceitaria a explicação dos advogados “sob consulta”, mas observou que o ex-presidente “ainda era responsável pela grande máquina”.
O caso em que Trump segue sendo julgado é referente a supostas fraudes fiscais cometidas pelo empresário, os filhos mais velhos e executivos das Organizações Trump.
O juiz Arthur Engoron considerou que o ex-presidente junto a outros réus seriam os responsáveis pela fraude “persistente e repetida”. Ele alega ainda que lhes foram fornecidos relatórios contábeis falsos durante quase uma década.
O processo foi aberto por James em setembro de 2022, no valor de US$ 250 milhões.
O caso segue para identificar outras seis acusações: Falsificação de registros comerciais; Conspiração para falsificar registros comerciais; Emissão de relatórios contábeis falsos; Conspiração para falsificar relatórios contábeis; Fraude de seguro e Conspiração para cometer fraude de seguros.
Segundo o gabinete da procuradora-geral, o patrimônio de Trump foi inflado em até US$ 3,6 bilhões em três períodos distintos entre 2011 e 2021.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.