O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) concluiu a digitalização da vida funcional de cerca de cinco mil servidores ativos. O projeto, executado na Coordenadoria de Gestão de Pessoas (CGP), é fruto de um convênio firmado com a Fundação Nova Chance (Funac), que proporciona a reintegração de egressos(as) do sistema prisional, oferecendo uma nova oportunidade de trabalho a essas pessoas.
O processo de digitalização abrange milhares de páginas e registros históricos, como nomeações, licenças e férias, que antes estavam apenas em formato físico. Agora, esses documentos estão disponíveis em formato digital, facilitando o acesso e agilizando as consultas para servidores e gestores.
Além da melhoria no acesso às informações, o projeto traz benefícios diretos à saúde e ao bem-estar de servidores(as) que lidam com os arquivos, evitando o contato prolongado com os documentos físicos antigos.
Desde a assinatura do convênio em maio de 2022, sete egressos(as) do regime semiaberto têm atuado na digitalização de dossiês de servidores do Poder Judiciário. O ambiente foi preparado para recebê-los, garantindo infraestrutura adequada e suporte técnico para o trabalho.
A coordenadora de Gestão de Pessoas, Karine Giacomelli de Lima, enalteceu a relevância do projeto. “Essa iniciativa é um passo importante para modernizar a gestão de documentos no Tribunal e, ao mesmo tempo, promover a inclusão social por meio do trabalho”, disse. “É uma pequena iniciativa, mas é uma joia preciosa. São pessoas que estão inseridas na nossa rotina de trabalho e que nós fazemos questão de estar sempre destacando a importância do trabalho delas”, acrescentou.
Juraci Oliveira, auxiliar judiciária com mais de 12 anos de experiência na área de arquivo, lidera a equipe na sala de digitalização e desempenha um papel importante na organização e supervisão do trabalho. As caixas empilhadas e documentos acumulados anteriores, agora dão lugar a uma estrutura mais organizada e eficiente, tudo devidamente conferido. Segundo ela, o processo melhorou significativamente com a chegada dos egressos(as) para digitalização. “Eles têm muita força de vontade. E são muito empenhados”.
Para Nilva de França Ferreira, uma das colaboradoras do projeto, o trabalho representa mais do que apenas uma oportunidade profissional. “Aqui, nos sentimos acolhidos como parte de uma família, e isso vai além da digitalização dos papéis. A gente é tratado como igual. Aprendemos muito todos os dias. Somos só gratidão em ajudar o Judiciário”, enfatizou.
Gerson Soares, outro egresso participante do projeto, também ressaltou a importância da iniciativa em sua vida. “A digitalização dos documentos não apenas moderniza o Judiciário, mas também abre novas portas para quem deseja uma segunda chance. Aprendi muito aqui e quero continuar contribuindo”, comentou.
Cerca de 600 caixas com documentos envolvendo a vida funcional de servidores ativos já foram digitalizadas. O próximo passo é iniciar a digitalização dos registros dos servidores inativos. A previsão é que, após essa etapa, todo o acervo documental esteja digitalizado e acessível via sistema. Isso permitirá que servidores acessem seus documentos históricos pela página do servidor, possibilitando mais transparência e acesso rápido à informação.
Talita Ormond
Coordenadoria de Comunicação do TJMT
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Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT