MATO GROSSO
Judiciário inicia ações de inclusão de pessoas com deficiências ocultas no mercado de trabalho
Publicado
1 ano atrásem
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oestenewsEssa abordagem centrada no ser humano, com a implementação de ações efetivas, está alinhada às premissas fundamentais desta gestão da Justiça estadual, presidida pela desembargadora Clarice Claudino da Silva, que fez a abertura da palestra.
A presidente reiterou o trabalho realizado pela Comissão Permanente de Acessibilidade do Tribunal de Justiça, que vem desenvolvendo ações humanizadas. Agora, essa capacitação que volta os olhos para as pessoas com algum tipo de deficiência.
“É uma visão mais humanizada e voltada para uma inclusão mais verdadeira, mais ampla e profunda. Se formos esperar que as pessoas com deficiência se capacitem para depois serem acolhidas no ambiente de trabalho é um obstáculo a mais que elas têm que superar. A Comissão tem feito um trabalho muito cuidadoso e começou pela parte que é mais visível, que é a acessibilidade nas estruturas físicas. Mas agora está tendo como foco nas deficiências ocultas. Esse é um lado mais sutil do trabalho a ser feito. O que estamos vendo sobre Libras e tudo o mais que todos enxergam, é mais fácil de ser prestigiado, mas aquilo que é mais sutil e voltado para aqueles que a maioria nem sequer percebe ainda, que é o caso a ser tratado nessa perspectiva de inclusão, é muito valioso e estou muito feliz de ter um grupo atuando com este olhar”, comentou a magistrada.
A presidente falou ainda da importância de se enxergar o mundo com mais amplitude, com o olhar para o outro de forma mais completa e inclusiva. “Ficamos agradecidos e estimulados pela Resolução n. 401 do CNJ para rever esses pontos de vista. Não é somente nos preocuparmos com calçadas, com marcações dos espaços. As ações vão muito além e por isso acredito no potencial desses nossos encontros.”
“Essa é uma das propostas da Comissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão para auxiliar a resolver esse tipo de impasse. Fizemos várias ações voltadas para pessoas surdas no ambiente de trabalho, já que o Tribunal empregou anos anteriores pessoas surdas que auxiliaram a digitalizar processos do Segundo Grau. Fizemos cursos de Libras, inclusive na pandemia, para os servidores. Uma forma de inclusão e de prestar serviços Agora nosso foco é capacitar servidores para inclusão no mercado de trabalho”, disse a desembargadora.
A palestra – A capacitação é ministrada pelo professor Oswaldo Ferreira Barbosa, que falou sobre “Emprego apoiado”, metodologia que surgiu nos Estados Unidos nos anos 70 que inverte a lógica tradicional de inclusão no trabalho. “Estamos acostumados primeiro em preparar a pessoa para depois ela ser incluída no mercado de trabalho. Essa lógica inverteu. Os estudos comprovaram que se treinarmos e desenvolvermos a pessoa diretamente no posto de trabalho a gente vai alcançar melhores resultados”, afirma.
Todo o trabalho realizado para fomentar essa metodologia está ligado à Associação Nacional do Emprego Apoiado (Anea), onde Oswaldo é diretor de projetos, no sentido de que mais empresas e órgãos públicos possam mudar essa visão, que parece que é óbvia, mas ainda não é. “Estamos numa cultura de uma visão médica sobre a pessoa com deficiência. Independente do seu tipo de deficiência para aquelas, em especial que precisam de mais apoio, o emprego apoiado é uma alternativa que traz mais inclusão.”
O Girassol – Irene Moraes, que participou da palestra representando a Associação dos amigos dos autistas, neurodiversos e pessoas com doenças raras de Mato Grosso (Amand-MT) presenteou, juntamente com seu filho, a presidente Clarice Claudino e a desembargadora Nilza Pôssas de Carvalho com um cordão com girassóis.
Ela é mãe de Tobias Miguel, de 25 anos, que tem transtorno do espectro autista, suporte 2, e fez questão de explicar que o girassol é o símbolo internacional da conscientização de todos os transtornos ocultos e doenças raras. “Quando você encontrar com uma pessoa que esteja usando o cordão em volta do pescoço com os girassóis saiba que ele tem prioridade. É como se fosse a cadeira de rodas para o cadeirante”, disse Irene.
Noi período da tarde o palestrante convidado ministrará Workshop sobre os desafios e como é possível implementar o Emprego Apoiado no dia a dia.
A capacitação foi destinada a magistrados(as), servidores(as) do Poder Judiciário, de forma presencial e por meio da plataforma Microsoft Teams para abranger todas as comarcas. Também puderam participar o público interno do Ministério Público, Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso (OAB-MT), Procuradoria Geral do Estado, Defensoria Pública e Tribunal Regional do Trabalho.
#Paratodosverem. Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão das pessoas com deficiência visual. Foto1: Sala com participantes sentados. A presidente e a desembargadora estão na primeira fileira. Em pé, de frente, está o palestrante. Foto 2: Presidente Clarice está em pé, segura microfone com mão esquerda. Ela usa uma calça amarela, camisa e blaser azuis. Ela é uma mulher loira de cabelos curtos. Foto 3: Imagem em ângulo fechado da desembargadora Nilza. Ela usa blusa estampada vermelha e branca e um blaser bege. Ela fala aos presentes com microfone na mão direta. Tem cabelos loiros, abaixo dos ombros. Foto 4: Oswaldo barbosa em pé, ministrando curso. Ele usa blusa preta, blaser fechado azul e calça na cor bege. Ele usa barba, é branco e cabelos grisalhos. Foto 5: Foto da entrega do cordão dos girassóis. Na foto, Irne está na ponta segurando o cordão verde com os desenhos de girassol. Ao lado está o filho Tobias Miguel, abraçado com a desembargadora Nilza. Ao lado está a presidente. Todos estão sorrindo.
Dani Cunha/Fotos: Alair Ribeiro
Coordenadoria de Comunicação da Presidência do TJMT
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