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MATO GROSSO

Judiciário firma parceria com universidades para levar ensino superior ao sistema prisional de MT

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O Poder Judiciário do Estado de Mato Grosso, por meio do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Penitenciário (GMF-MT) assinou a carta de intenções interinstitucional com Universidades de Mato Grosso para o fortalecimento de políticas públicas de acesso à educação, voltadas para o ensino, pesquisa e extensão para atender os jovens e adultos em situação de privação de liberdade e egressos do sistema prisional e socioeducativo.
 
A parceria foi oficializada durante lançamento de um pacote de medidas visando a ressocialização, com a presença da ministra Rosa Weber, na sede do Tribunal de Justiça, segunda-feira (24 de julho), em Cuiabá.
 
O juiz auxiliar e responsável pelo eixo Educação do GMF, Bruno D’Oliveira Marques, lembrou que um dos instrumentos de ressocialização é a promoção da educação. “A educação liberta! Hoje essa parceria com as maiores instituições de ensino superior que atuam no estado e com Poder Executivo é um feito histórico. O objetivo é, tanto levar essa população acadêmica a auxiliar nos trabalhos de ressocialização, no que tange ao estágio e desenvolvimento de pesquisa dos estudantes, como também na possibilidade de promoção da educação no ensino técnico e superior a esses privados de liberdade. Registrando que temos 12 mil privados de liberdade em regime fechado, contingente grande de pessoas que podem e serão beneficiadas’, assegurou.
 
Para o governador do Estado de Mato Grosso, Mauro Mendes, essa união de esforços com a Justiça Estadual vem ao encontro das ações que o Estado vem desenvolvendo. “Este é mais um investimento nesse sentido. Também temos cinco escolas que estão sendo construídas dentro do sistema prisional dando oportunidades para que essas pessoas possam estudar e se qualificar dentro do sistema de ressocialização. Temos bons exemplos para mostrar para a sociedade, daí a ministra escolher Mato Grosso para lançar a campanha”, pontuou.
 
Para a reitora da Universidade de Mato Grosso (Unemat), Vera Lúcia da Rocha Maquêa, essa “é uma iniciativa importantíssima dos profissionais responsáveis pela Justiça porque é uma pauta de inclusão. Momento de reunirmos nossas forças e responsabilidades como instituições públicas para fazer com que essas pessoas tenham acesso a que todo cidadão tem: o direito à educação, à formação, o direito a ter uma profissão, o direito de acessar o trabalho e uma vida digna na sociedade”, enfatizou.
 
O reitor do Instituto Federal de Mato Grosso-IFMT, Júlio César dos Santos, conta que, pela parceria, serão ofertadas 280 vagas especificamente para mulheres egressas, com diversos cursos na área de empreendedorismo, na área de serviços, panificação e na área de construção civil. “Uma pequena contribuição do Instituto Federal para a ressocialização graças à confiança do nosso sistema judiciário”, enalteceu.
 
Para a diretora acadêmica da União das Faculdades Católicas de Mato Grosso (Unifacc), Ana Maria Di Renzo, a inclusão é a principal causa da instituição de ensino. “Nos sentimos honrados com o chamamento que o Judiciário faz através da vinda da ministra Rosa Weber, acreditamos que é pela formação desses jovens que vamos evitar violência e crime. Então nossa instituição já se organiza para ofertar bolsas e cursos especiais no próprio ambiente socioeducativo. Hoje vamos ofertar 10 vagas em cada curso regular para socioeducativo, mas a ideia é ampliarmos com projetos específicos que serão alinhados’, pontuou.
 
Representando a Faculdade Unibras de Mato Grosso, Milena Gonçalves de Alcântara enalteceu a parceria. “Como coordenadora do curso de Direito na instituição, lido diretamente com esse público. E essa iniciativa vem a contribuir com a sociedade e dar amplitude ao trabalho, tanto do Tribunal de Justiça, quanto da nossa instituição”, observou.
 
Também subscreveram a carta, a juíza auxiliar do GMF-MT, responsável pelo eixo socioeducativo, Leilamar Aparecida Rodrigues; o secretário de Estado de Segurança Pública, coronel PM César Augusto de Camargo Roveri; a reitora da Universidade de Cuiabá (Unic), Maria Angélica Motta da Silva e representando a Universidade Federal de Rondonópolis, a diretora do Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Antônia Marilia Medeiros Nardes.
 
Eli Cristina Azevedo
Coordenadoria de Comunicação da Presidência do TJMT
imprensa@tjmt.jus.br
 
 
 

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

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MATO GROSSO

Escola da rede estadual cria projeto de recuperação de nascentes em Nova Monte Verde

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A comunidade da Escola Estadual Professora Neide Enara Sima, em Nova Monte Verde (a 944 km de Cuiabá), criou o projeto “Adote uma Nascente – Águas do Futuro” para recuperação das fontes de água de rios e córregos do município.

Criado neste ano, o projeto surgiu de forma interdisciplinar nas matérias eletivas de Ciências Humanas e Ciências da Natureza com o objetivo de identificar e caracterizar as principais fontes causadoras de impactos ambientais nas nascentes urbanas e rurais do município, em um raio de 10 quilômetros ao redor da escola.

“A escola foi além da identificação das áreas degradadas e da criação de um banco de dados. Com o envolvimento de 60 alunos do ensino fundamental e médio, iniciamos a recuperação da vegetação ciliar em 100% das áreas aderentes ao projeto e já temos mais de 100 mudas de árvores plantadas crescendo de forma vistosa. Ano que vem vamos dobrar essa quantidade”, explicou a coordenadora do projeto, professora Patrícia Inácio Passos.

A professora comentou também que a promoção da consciência ambiental, iniciada por 60 estudantes do projeto, agora atinge os demais 488 alunos da escola. “Nosso objetivo para 2025 é engajar 100% das turmas do ensino médio, além de estender o projeto às salas anexas que ficam fora do perímetro urbano”, completou.

Para iniciar a recuperação ambiental das fontes de água, o projeto baseou-se nas orientações da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e no apoio da gestão escolar, da coordenação pedagógica e dos demais professores.

“Me sinto em uma experiência diferente vendo na prática que estamos ajudando a natureza a se recuperar. Estamos deixando um impacto positivo e um bom exemplo. Demonstramos que pequenas atitudes, como a de plantar uma muda de árvore, podem ajudar o meio ambiente a se equilibrar”, disse a estudante Rafaela Rubi Moreira Marcon, de 17 anos.

Já a aluna Lorena Colnaghi Bazani, de 18 anos, avaliou que o projeto a fez “entender melhor como a preservação das nascentes afeta tudo ao nosso redor”.

“Participar do projeto foi uma experiência transformadora. Senti-me privilegiada em fazer parte de uma iniciativa tão importante para o futuro da nossa cidade e do planeta. Plantar cada árvore foi um ato de esperança e um compromisso com a sustentabilidade”, comentou também a estudante Rafaela Rubi Moreira Marcon, de 18 anos.

De acordo com o diretor da escola, professor Valdinei de Oliveira Prado, as iniciativas têm sua importância por promover o protagonismo juvenil na resolução de problemas do meio ambiente, principalmente no contexto da degradação ambiental de nascentes.

“Estamos realizando uma aprendizagem diferenciada que vai estimular as potencialidades dos nossos jovens e crianças, além de contribuir no contexto socioambiental em que vivem”, concluiu.

Fonte: Governo MT – MT

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