Um jornalista ucraniano foi morto a tiros nesta quarta-feira (26) na cidadade de Kherson, localizada no sul da Ucrânia. Bogdan Bitik estava trabalhando como repórter pelo jornal La Repubblica, um dos maiores da Itália.
Bitik estava em um veículo junto com o também jornalista Corrado Zunino, que sobreviveu ao ataque. De acordo com o periódico italiano, o tiroteio foi promovido por militares russos, e Corrado está internado em um hospital de Kherson após ser ferido no ombro.
Segundo o profissional italiano que sobreviveu, eles já tinham passado “sem problemas” por três postos de controle das tropas russas, e o jornalista ucraniano estava fazendo o contato com os militares.
“Então fomos atingidos, ouvi um silvo e vi Bogdan no chão, ele não estava se movendo. Rastejei para fora da linha de fogo. Corri até passar por um carro civil. Estava cheio de sangue, tive que ser levado para o hospital Kherson. Tenho quatro ferimentos, mas fui tratado perfeitamente. Tentei várias vezes ligar Bogdan, ele não respondeu. Ele era um grande amigo meu, é um sofrimento insuportável”, disse Zunino ao La Repubblica.
O italiano destacou ainda que os dois estavam claramente identificados como jornalistas, com uma placa escrito “press”. No colete à prova de balas utilizado por Corrado havia uma bala alojada.
De acordo com a Federação Internacional de Jornalistas, ao menos 12 jornalistas morreram desde a invasão da Rússia na Ucrânia, em fevereiro do ano passado. Outros 18 profissionais de imprensa ficaram feridos.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.