O secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Nikolai Patrushev, está sob intensa especulação de ter arquitetado a morte de Yevgeny Prigozhin, líder do Grupo Wagner, devido à percepção de ameaça ao Kremlin.
De acordo com informações obtidas pelo jornal americano Wall Street Journal, Patrushev teria alertado o presidente Vladimir Putin sobre a crescente influência de Prigozhin e sua dependência de mercenários na Guerra na Ucrânia, tornando-o um potencial ameaça ao Kremlin.
O suposto plano envolveria um ataque com bomba no avião do líder mercenário, especialmente após o motim dos soldados Wagner.
A motivação de Patrushev para tal ação estaria relacionada ao controle de milhares de mercenários e operações empresariais de Prigozhin na África, gerando desconforto entre os oligarcas russos.
O Grupo Wagner, liderado por Yevgeny, conquistou êxitos significativos na Guerra na Ucrânia, incluindo a tomada de Bakhmut após um cerco de dez meses, ampliando a influência do líder mercenário no Kremlin.
No verão de 2022, Patrushev alertou Putin sobre a ameaça representada por Prigozhin, que, segundo relatos, foram ignorados pelo presidente.
A rivalidade entre Yevgeny e líderes militares russos ficou evidente nas críticas enérgicas do líder do Grupo Wagner nas redes sociais, acusando-os de traição.
A mudança na postura de Putin ocorreu quando Prigozhin fez reclamações ‘rudes’ sobre a falta de suprimentos, levando Patrushev a convencer Putin de que Yevgeny representava uma ameaça à autoridade do Kremlin.
Recentemente, em junho deste ano, Putin anunciou planos para desmantelar o Grupo Wagner e incorporar suas tropas ao Ministério da Defesa russo.
A medida, aparentemente, representa um esforço para controlar as possíveis ramificações do poder de Prigozhin e evitar possíveis desdobramentos indesejados.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.