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MATO GROSSO

Jogo da seleção deve movimentar setor turístico; ocupação da rede hoteleira pode chegar a 100%

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O jogo da seleção brasileira contra a Venezuela, no dia 12 de outubro, na Arena Pantanal, deve movimentar o setor turístico de Cuiabá, similar à movimentação dos jogos da Copa do Mundo de 2014, quando a capital mato-grossense foi uma das 12 subsedes.

Conforme o secretário adjunto de Turismo da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Felipe Wellaton, a expectativa é de ocupação de 100% dos 9 mil leitos disponíveis na rede hoteleira da cidade.

“Estamos discutindo com a Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer sobre esse jogo em Cuiabá, que vai movimentar uma cadeia de eventos. Temos discutido também com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) ações para quem não puder assistir a partida no estádio. Estamos pensando numa possibilidade de um Fan Fest, para reunir as pessoas para o jogo, um esquenta. Esse evento é um grande atrativo para movimentação do turismo em Cuiabá”, comentou.

Com a capacidade do estádio para 44 mil torcedores, o secretário acredita que esta também será a oportunidade das famílias cuiabanas conseguirem um extra por meio de locação de quartos ou da casa inteira, em plataformas como Airbnb, com uma maior lotação dos hoteis e pousadas da Capital.

O titular da Sedec, César Miranda, destacou que como o jogo será realizado no feriado nacional de Nossa Senhora Aparecida, com a possibilidade de emendar com a sexta-feira (13) em órgãos públicos, o turismo na Baixada Cuiabana poderá receber mais visitantes.

“Com a possibilidade de uma maior permanência na cidade, esses turistas do interior de Mato Grosso e de outros estados que vierem assistir ao jogo, podem dar uma “esticada” em destinos mais próximos da capital como Chapada dos Guimarães, distrito de Bom Jardim, em Nobres, e o Pantanal”.

A última vez que a seleção brasileira jogou em Cuiabá foi em 2002, em uma partida amistosa contra a seleção da Islândia. Na época, a Arena Pantanal não existia, o estádio ainda era o Verdão.

A qualidade do gramado, a infraestrutura para atendimento aos atletas, imprensa e aos torcedores pesaram na escolha da Arena Pantanal pela equipe técnica da Seleção Brasileira Masculina de Futebol, bem como a logística de deslocamento dos jogadores, com a menor distância entre os locais das partidas, para que haja menos desgaste dos atletas.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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