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Política Nacional

Janja conversa sobre promoção da igualdade com embaixadora dos EUA

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A primeira-dama Janja Lula da Silva recebe, na tarde desta terça-feira (2), no Palácio do Planalto, a embaixadora Linda Thomas-Greenfield, representante dos Estados Unidos nas Nações Unidas.

A embaixadora veio ao Brasil para visita oficial de três dias, entre 2 e 4 de maio, cumprindo compromissos em Brasília e Salvador.

Após as boas-vindas, as duas terão uma reunião reservada, onde conversarão sobre a promoção da igualdade de raça e gênero, a segurança alimentar e outros temas relevantes em pauta na Organização das Nações Unidas (ONU).

Durante sua passagem pelo Brasil, Linda se reunirá com funcionários do alto escalão do governo brasileiro, membros da sociedade civil e organizações não-governamentais (ONGs). O foco da visita são os desafios e prioridades compartilhados, incluindo a promoção da democracia e cooperação multilateral, combate às mudanças climáticas, segurança alimentar, cooperação contínua em migração regional e garantia de equidade para comunidades raciais, étnicas e indígenas marginalizadas.

Em comunicado, o governo norte-americano informou que, em Brasília, a embaixadora se reunirá com autoridades do governo brasileiro para discutir a parceria de Brasil e Estados Unidos na região e nas Nações Unidas, inclusive sobre clima e segurança alimentar. Ela se reunirá com representantes da ONU e de ONGs que apoiam os mais de 250 mil migrantes, refugiados e solicitantes de asilo venezuelanos que estão no Brasil.

“A embaixadora Thomas-Greenfield também se encontrará com estudantes e pesquisadores de relações internacionais da Universidade de Brasília, onde falará sobre a força do relacionamento EUA-Brasil enraizado em nossos valores compartilhados e nos fortes laços entre nosso povo”, diz a nota.

Em Salvador, Linda reforçará o compromisso dos Estados Unidos em “revigorar” o plano de ação conjunta entre Brasil e Estados Unidos para o combate à discriminação racial e étnica e a promoção da igualdade. Ao lado da representante Especial dos EUA para Justiça e Igualdade Racial, Desirée Cormier Smith, a embaixadora participará de encontros com a sociedade civil e a juventude afro-brasileira sobre programas conjuntos que beneficiam comunidades raciais, étnicas e indígenas marginalizadas, incluindo pessoas de ascendência africana, tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil.

Ela será a primeira autoridade ministerial a visitar Salvador desde que o plano de ação foi assinado pela então secretária de Estado Condoleezza Rice, em 2008 [http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2008-10-31/brasil-e-eua-discutem-acoes-para-combater-discriminacao-racial].

Fonte: EBC Política Nacional

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Política Nacional

Lula demite Silvio Almeida após denúncias de assédio sexual

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu na noite desta sexta-feira (6) demitir o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, depois das denúncias de assédio sexual. 

“O presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual”, informou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em nota.

A Polícia Federal abriu investigação sobre o caso. A Comissão de Ética Pública da Presidência da República também abriu procedimento preliminar para esclarecer os fatos.

“O governo federal reitera seu compromisso com os Direitos Humanos e reafirma que nenhuma forma de violência contra as mulheres será tolerada”, completou a nota. 

Silvio Almeida estava à frente do ministério desde o início de janeiro de 2023. Advogado e professor universitário, ele se projetou como um dos mais importantes intelectuais brasileiros da atualidade ao publicar artigos e livros sobre direito, filosofia, economia política e, principalmente, relações raciais.

Seu livro Racismo Estrutural (2019) foi um dos dez mais vendidos em 2020 e muitos o consideram uma obra imprescindível para se compreender a forma como o racismo está instituído na estrutura social, política e econômica brasileira. Um dos fundadores do Instituto Luiz Gama, Almeida também foi relator, em 2021, da comissão de juristas que a Câmara dos Deputados criou para propor o aperfeiçoamento da legislação de combate ao racismo institucional.

Acusações

As denúncias contra o ministro Silvio Almeida foram tornadas públicas pelo portal de notícias Metrópoles na tarde desta quinta-feira (5) e posteriormente confirmadas pela organização Me Too. Sem revelar nomes ou outros detalhes, a entidade afirma que atendeu a mulheres que asseguram ter sido assediadas sexualmente por Almeida.

“Como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, essas vítimas enfrentam dificuldades em obter apoio institucional para validação de suas denúncias. Diante disso, autorizaram a confirmação do caso para a imprensa”, explicou a Me Too, em nota.

Segundo o site Metrópoles, entre as supostas vítimas de Almeida estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que ainda não se pronunciou publicamente sobre o assunto.

Horas após as denúncias virem a público, Almeida foi chamado a prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias. A Comissão de Ética da Presidência da República decidiu abrir procedimento para apurar as denúncias. A Secretaria de Comunicação Social (Secom) informou, em nota, que “o governo federal reconhece a gravidade das denúncias” e que o caso está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem”. A Polícia Federal (PF) informou hoje que vai investigar as denúncias.

Em nota divulgada pela manhã, o Ministério das Mulheres classificou como “graves” as denúncias contra o ministro e manifestou solidariedade a todas as mulheres “que diariamente quebram silêncios e denunciam situações de assédio e violência”. A pasta ainda reafirmou que nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada e destacou que toda denúncia desta natureza precisa ser investigada, “dando devido crédito à palavra das vítimas”.

Pouco depois, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, publicou em sua conta pessoal no Instagram uma foto sua de mãos dadas com Anielle Franco. “Minha solidariedade e apoio a você, minha amiga e colega de Esplanada, neste momento difícil”, escreveu Cida na publicação.

Fonte: EBC Política Nacional

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