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Israel volta a atacar Khan Younis

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Bombardeios de tanques e ataques aéreos israelenses mataram pelo menos 16 palestinos perto de Khan Younis, revelaram fontes de Gaza nesta segunda-feira (22), depois que o Estado hebraico emitiu novas ordens de evacuação de alguns bairros. Telavive invocou novos ataques a partir daquelas áreas.

Para facilitar as evacuações, os militares disseram que estão ajustando os limites de uma zona humanitária em Al-Mawasi para manter a população civil longe das áreas de combate com os militantes palestinos liderados pelo Hamas.

As autoridades sanitárias palestinas afirmaram que pelo menos 16 palestinos foram mortos por disparos de tanques de Israel na cidade de Bani Suhaila, a leste de Khan Younis, no sul do país, tendo a região sido também bombardeada por aviões.

Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, entre os mortos há seis crianças e quatro mulheres. Além disso, dezenas de pessoas ficaram feridas durante o ataque das forças de Israel. Os meios de comunicação social do Hamas indicam que o número de mortos é de 26.

Segundo o comunicado dos militares de Israel, as novas ordens devem-se ao alegado recrudescimento dos ataques de militantes palestinos, incluindo o lançamento de rockets a partir de zonas visadas no leste de Khan Younis. As ordens de evacuação não incluíam as instituições de saúde. Os palestinos, as Nações Unidas e as agências internacionais de ajuda humanitária afirmaram que não existe nenhum lugar seguro em Gaza.

No início de julho, dezenas de palestinos foram mortos em ataques israelenses na área de Al-Mawasi, designada por zona humanitária. Israel afirmou que os ataques tinham como alvo militares armados, incluindo alguns dos principais comandantes militares do Hamas.

Nesta segunda-feira, as autoridades de saúde do Hospital Nasser, em Khan Younis, pediram aos moradores que doassem sangue devido ao grande número de vítimas na unidade hospitalar.

O Serviço Civil de Emergência palestino afirmou ter informações sobre dezenas de pessoas mortas pelos disparos aéreos e de tanques de Israel nos arredores orientais de Khan Younis, mas as equipes não conseguiram chegar até essa região devido à intensidade dos bombardeios.

Entretanto, militares israelenses efetuaram ataques aéreos contra duas casas nas zonas de Al-Bureij e Deir Al-Balah, no centro da Faixa de Gaza, ferindo várias pessoas. Outro ataque aéreo em Gaza, no norte do enclave, matou dois outros palestinos.

Israel prometeu erradicar o Hamas depois de os militantes do movimento islamita terem matado 1.200 pessoas e feito mais de 250 reféns num ataque transfronteiriço em 7 de outubro do ano passado. Desde então, pelo menos 38 mil palestinos foram mortos na ofensiva de retaliação de Israel, disseram autoridades sanitárias de Gaza.

Um esforço de cessar-fogo – liderado pelo Catar e pelo Egito e apoiado pelos Estados Unidos – tem sido insuficiente devido à falta de acordos sobre os termos entre os combatentes, que se culpam mutuamente pelo impasse.

Apesar de as negociações para um cessar-fogo e a libertação dos reféns terem estagnado durante vários meses, Netanyahu anunciou nesse domingo (21) que tinha concordado em enviar uma nova delegação na quinta-feira (25) para negociar um acordo.

Em Israel, há várias semanas manifestantes se reúnem para exigir a libertação dos reféns. No domingo, israelenses voltaram a protestar no aeroporto Ben Gourion, em Telavive, antes da partida de Benjamin Netanyahu para Washington.

Viagem aos EUA

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu deixou  Israel com destino aos Estados Unidos, onde deverá proferir um discurso perante o Congresso norte-americano.

Netanyahu considerou que a visita era “muito importante” numa época de “grande incerteza política”, referindo-se à decisão do presidente dos EUA, Joe Biden, de não se recandidatar em novembro.

A viagem de Netanyahu a Washington tem também como pano de fundo a pressão exercida pelo seu aliado americano para que seja concluído um acordo de cessar-fogo com o Hamas na Faixa de Gaza, mais de nove meses após o início da guerra desencadeada pelo ataque sem precedentes do movimento islamita palestino a Israel.

Na quarta-feira (24), Netanyahu será o primeiro líder estrangeiro a discursar quatro vezes perante o Congresso dos Estados Unidos – numa reunião conjunta da Câmara dos Representantes e do Senado -, ultrapassando o britânico Winston Churchill, que discursou três vezes.

Pouco antes da sua partida, Netanyahu afirmou que, no seu discurso no Congresso, iria “procurar ancorar o apoio bipartidário que é tão importante para Israel”.

Ataque no Iêmen

As equipes de bombeiros continuam tentando conter um incêndio no porto de Hodeida, no Iêmen, causado por um ataque de Israel no sábado (20) em retaliação a um ataque houthi contra Telavive.

Os tanques de petróleo e uma central elétrica foram atingidos neste porto, situado no oeste do Iêmen, no Mar Vermelho, principal ponto de entrada das importações de combustível e da ajuda internacional destinada às regiões controladas pelos houthis.

Colunas de fogo e fumaça negra foram vistas sobre a cidade de Hodeida, no Iêmem, pelo terceiro dia consecutivo. Bombeiros lutam para conter o incêndio, que ameaça alastrar-se.

Imagens de satélite de alta resolução da Maxar Technologies mostram as chamas devorando depósitos de combustível fortemente danificados no porto.

Os depósitos são geridos pela Yemen Petroleum Company, que afirmou no domingo (21) que as seis pessoas mortas nos ataques israelenses eram seus empregados.

Apesar do incêndio, os funcionários do porto de Hodeida afirmaram que ele estava funcionando, segundo a agência noticiosa rebelde Houthi Saba.

“Estamos trabalhando 24 horas por dia para acomodar todos os navios e não há preocupações quanto à cadeia de abastecimento e entregas de alimentos, medicamentos e derivados do petróleo”, disse Nasr Al-Nousairi, funcionário do porto.

No entanto, a consultora norte-americana Navanti Group afirmou que os ataques a Hodeida destruíram cinco gruas e reduziram a capacidade de armazenamento de combustível do porto de 150 mil para 50 mil toneladas.

Os houthis afirmam que mais de 80 pessoas ficaram feridas no ataque, muitas delas com queimaduras graves.

Tendo como pano de fundo a guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, os houthis estão se posicionando como uma espécie de membro-chave da rede regional de aliados de Teerã, que inclui grupos no Líbano, na Síria e no Iraque.

Desde novembro, eles lançaram cerca de 90 ataques contra navios mercantes no Mar Vermelho e no Golfo de Aden, alegando que agem em apoio aos palestinos.

Fonte: EBC Internacional

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MUNDO

Putin confirma encontro com Xi Jinping na Rússia em outubro

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Foto da agência russa Sputnik mostra o presidente russo Vladimir Putin e o homólogo chinês Xi Jinping em Astana, em 3 de julho
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Foto da agência russa Sputnik mostra o presidente russo Vladimir Putin e o homólogo chinês Xi Jinping em Astana, em 3 de julho


O presidente da Rússia, Vladimir Putin,  confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.

O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.

De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.

Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.

“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.

O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.

A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.

Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.

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Fonte: Internacional

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