O ataque do Irã contra Israel neste sábado (13) pode levar à prorrogação do acordo de água entre o Estado judaico e a Jordânia, informou o jornal isralense YNet News.
Em comunicado, o governo da Jordânia afirmou ter atuado para derrubar os mísseis do Irã porque eles poderiam cair sobre seu território.
“Houve uma avaliação de que havia um perigo real de mísseis iranianos caírem sobre a Jordânia, e as forças armadas lidaram com esse perigo. E se esse perigo viesse de Israel, a Jordânia tomaria a mesma ação”, disse o ministro das Relações Exteriores da Jordânia, Ayman al-Safadi, em entrevista à televisão estatal Al-Mamlaka.
Isso porque, segundo a mídia israelense, há relatórios que indicam que a Força Aérea da Jordânia desempenhou um papel crucial na interceptação de drones iranianos, além de permitir que aeronaves de combate dos EUA operassem em seu espaço aéreo para alcançar esse objetivo conjunto.
Mesmo que a intenção inicial não tenha sido de auxiliar Israel no conflito, indiretamente o país árabe barrou a chegada dos mísseis no território judaico. Com isso, o governo israelense está estudando uma ‘recompensa’ pela participação da Jordânia nos esforços para impedir os ataques.
De acordo com a mídia israelense, o Ministro da Energia de Israel, Eli Cohen, deve anunciar a extensão do acordo de água entre os dois países por mais um ano.
A extensão do acordo já foi alvo de controvérsias, devido aos comentários anti-israelenses feitos pelo Ministro das Relações Exteriores da Jordânia, Ayman al-Safadi, e ao seu apoio à ação legal da África do Sul contra Israel no Tribunal Internacional de Justiça.
Anteriormente, a Jordânia chegou a solicitar uma prorrogação de 5 anos do acordo. Entretanto, com a hesitação de Israel, o pedido foi reduzido para uma apenas um ano.
O acordo da água desempenha um papel importante para a Jordânia por conta da crise hídrica enfrentada pelo país. Por se tratar de um local com poucas fontes de água além do Rio Jordão, a produção econômica global da Jordânia tem sido comprometida.
Além da falta de fontes hídricas, as mudanças climáticas têm contribuído para níveis de produção econômica cada vez mais instáveis, agravadas pelo aumento da população e o influxo de refugiados sírios.
O tratado de água estabelece que Israel transfira, todos os anos, cerca de 1,42 bilhões de litros de água. Em 2021, o então primeiro-ministro israelense Naftali Bennett decidiu dobrar essa quantidade para 1 2,84 bilhões de litros, em um acordo de três anos que está prestes a expirar.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.