A declaração foi dada pelo português durante sessão do Conselho de Segurança da ONU nesta terça-feira (24), ocasião em que ele disse que os atos “horrendos” do Hamas não podem justificar a “punição coletiva do povo palestino”, que é “submetido a uma ocupação sufocante há 56 anos”.
“Dadas as suas palavras, negaremos a emissão de vistos a representantes da ONU. De resto, já negamos o visto para o subsecretário para assuntos humanitários, Martin Griffiths. Chegou a hora de ensinar a eles uma lição”, disse nesta quarta-feira (25) o embaixador israelense nas Nações Unidas, Gilad Erdan, em entrevista à Rádio Militar.
Por sua vez, o presidente do Yad Vashem, memorial do Holocausto em Jerusalém, Danny Dayan, declarou que Guterres “fracassou”. “Aqueles que tentam ‘entender’, que buscam um contexto justificativo, não condenam os culpados e não pedem a libertação incondicional e imediata dos sequestrados falham no teste”, acrescentou.
Em seu discurso no Conselho de Segurança, o secretário-geral da ONU também condenou os ataques do Hamas e pediu que os reféns do grupo sejam “tratados com humanidade e libertados imediatamente”. Além disso, disse que as demandas do povo palestino não “podem justificar” atentados terroristas.
Em meio à rápida deterioração da situação, o presidente do Conselho Europeu (principal órgão político da União Europeia), Charles Michel, afirmou que é preciso garantir “o efetivo fornecimento de ajuda humanitária” a Gaza.
“Precisamos nos empenhar para evitar uma perigosa escalada regional do conflito e retomar o processo de paz baseado na solução dos dois Estados. Esse é o único caminho”, disse Michel em uma carta aos líderes da UE, que se reunirão em Bruxelas em 26 e 27 de outubro.