A declaração foi dada pelo português durante sessão do Conselho de Segurança da ONU nesta terça-feira (24), ocasião em que ele disse que os atos “horrendos” do Hamas não podem justificar a “punição coletiva do povo palestino”, que é “submetido a uma ocupação sufocante há 56 anos”.
“Dadas as suas palavras, negaremos a emissão de vistos a representantes da ONU. De resto, já negamos o visto para o subsecretário para assuntos humanitários, Martin Griffiths. Chegou a hora de ensinar a eles uma lição”, disse nesta quarta-feira (25) o embaixador israelense nas Nações Unidas, Gilad Erdan, em entrevista à Rádio Militar.
Por sua vez, o presidente do Yad Vashem, memorial do Holocausto em Jerusalém, Danny Dayan, declarou que Guterres “fracassou”. “Aqueles que tentam ‘entender’, que buscam um contexto justificativo, não condenam os culpados e não pedem a libertação incondicional e imediata dos sequestrados falham no teste”, acrescentou.
Em seu discurso no Conselho de Segurança, o secretário-geral da ONU também condenou os ataques do Hamas e pediu que os reféns do grupo sejam “tratados com humanidade e libertados imediatamente”. Além disso, disse que as demandas do povo palestino não “podem justificar” atentados terroristas.
Em meio à rápida deterioração da situação, o presidente do Conselho Europeu (principal órgão político da União Europeia), Charles Michel, afirmou que é preciso garantir “o efetivo fornecimento de ajuda humanitária” a Gaza.
“Precisamos nos empenhar para evitar uma perigosa escalada regional do conflito e retomar o processo de paz baseado na solução dos dois Estados. Esse é o único caminho”, disse Michel em uma carta aos líderes da UE, que se reunirão em Bruxelas em 26 e 27 de outubro.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.