Israel anunciou nesta quarta-feira (5) o encerramento de uma operação militar em 20 anos no território ocupado da Cisjordânia . Nos últimos dois dias, foram realizados ataques no campo de refugiados de Jenin . A ação resultou em 12 palestinos mortos.
Segundo o porta-voz militar israelense, Daniel Hagari, todos os soldados já deixaram a área que estava ocupada desde 1967. Ele disse ainda que acredita que o exército não precisará retornar ao local no futuro, sem dar mais detalhes.
Hagari afirmou, nos dias anteriores, que o objetivo dos ataques era erradicar o terrorismo na região. “Não é contra a Autoridade Palestina. Não é contra palestinos inocentes. É contra terroristas neste campo”, disse ele.
As vítimas tinham idades entre 16 e 23 anos. De acordo com o Crescente Vermelho Palestino, mais de 100 pessoas ficaram feridas em Jenin durante os ataques.
O vice-prefeito de Jenin, Mohammed Jarra , disse que a destruição atingiu casas e infraestruturas, o que fez com que o campo de refugiados, principal alvo de Israel, ficasse sem água e eletricidade. O acampamento abriga mais de 14 mil pessoas atualmente.
As autoridades palestinas apontam o ataque israelense como crime de guerra. “Segurança e estabilidade não serão alcançadas na região a menos que nosso povo sinta isso. O que o governo israelense está fazendo na cidade de Jenin e seu acampamento é um novo crime de guerra contra o nosso povo indefeso”, disse Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.