A Corte Internacional de Justiça iniciou nesta quinta-feira (11) as audiências do processo contra Israel que acusa o país de ter cometido genocídio na Faixa de Gaza.
O processo foi aberto pelo governo da África do Sul em dezembro, durante a guerra contra o Hamas. A primeira audiência aconteceu na manhã desta quinta-feira em Haia, na Holanda.
A África do Sul pede não apenas a responsabilização de Israel pelos atos, mas também o cessar-fogo. O país pontua que mais de 23.000 pessoas foram mortas em Gaza por bombardeios coordenados pelas Forças Armadas de Israel.
“A África do Sul alega que Israel transgrediu o Artigo Dois da Convenção (sobre genocídio), cometendo atos que se enquadram na definição de genocídio. As ações mostram um padrão sistemático de conduta do qual se pode inferir genocídio”, disse a advogada do tribunal superior da África do Sul, Adila Hassim.
Tanto a África do Sul quanto Israel são membros da Convenção contra o Genocídio de 1948. O tratado define genocídio como a execução de ações com a intenção de eliminar, total ou parcialmente, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso.
O governo israelense, que nega as acusações, será ouvido na próxima audiência, que acontecerá na sexta-feira (12).
Na quarta-feira (10), o presidente Lula encontrou o embaixador palestino em Brasília, Ibrahim Alzeben, no Palácio do Planalto. Após o encontro, Lula subscreveu a ação sul-africana contra Israel.