A proposta, divulgada pela primeira vez pelo site de notícias norte-americano Axios, visa libertar mulheres, idosos e pessoas que necessitam de cuidados urgentes, e será apresentada ao Hamas através de mediadores do Catar.
Por sua vez, o chefe do gabinete político do Hamas, Ismail Haniyeh, se reuniu com o ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amirabdollahian, em Doha, a quem garantiu que “a resistência continua poderosa e consistente apesar do volume considerável de ataques terrestres e marítimos, além das ofensivas aéreas contra a população de Gaza após 75 dias”, informou a agência Irna.
Haniyeh expressou gratidão à República Islâmica por acompanhar de perto os acontecimentos na Faixa de Gaza e disse que as suas reuniões com Amiradbollahian “são importantes porque mostram apoio a Gaza e à Palestina”.
No encontro, Haniyeh reforçou que o Hamas está pronto para um cessar-fogo duradouro, mas que não o negociará enquanto Israel continuar a atacar a Faixa de Gaza. “A agressão contra o povo de Gaza por parte do regime sionista não tem precedentes”, afirmou o líder do Hamas.
Conselho de Segurança
Hoje, o Conselho de Segurança das Nações Unidas vota uma resolução para “apelar por pausas e corredores humanitários urgentes e prolongados em Gaza”, segundo o projeto final do documento da ONU.
O texto é o resultado de um compromisso entre os Emirados Árabes Unidos e os Estados Unidos para garantir que estes últimos se abstenham na votação e que a resolução seja aprovada.
Durante as últimas semanas, Washington se declarou contra um cessar-fogo, mas a favor de tréguas humanitárias que permitiriam a entrada de ajuda em Gaza. O texto também pede a libertação imediata de todos os reféns nas mãos do Hamas.
A resolução também pede a todas as partes que “se abstenham de privar a população civil da Faixa de Gaza de serviços básicos e de assistência humanitária essenciais à sua sobrevivência”.
Paralelamente, o presidente da Itália, Sergio Mattarella, lembrou que a “guerra que há semanas inflama o Oriente Médio, com a sangrenta e brutal agressão terrorista do Hamas contra Israel e as ações militares em Gaza, estão a custar um número inaceitável de vítimas civis num cenário que torna cada vez mais grave a situação humanitária nesses territórios”.