O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, David Cameron, afirmou nesta terça-feira (9) que “Israel pode ter empreendido ações que violam o direito internacional em Gaza”.
A declaração foi dada em resposta às perguntas da comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Comuns.
Cameron se disse “preocupado” pela conduta no conflito contra o Hamas e especificou que não recebeu indicações explícitas sobre eventuais violações.
Respondendo aos deputados, Cameron afirmou ainda que há duas pessoas com passaporte britânico entre os reféns israelenses nas mãos do Hamas em Gaza.
“Há ainda pessoas muito ligadas ao Reino Unido como reféns, estamos fazendo todo o possível para ajudar”, disse, sem indicar quantos foram libertados.
Por outro lado, o ex-premiê britânico criticou a acusação da África do Sul, segundo a qual Israel estaria perpetrando um genocídio contra os palestinos no conflito, diante do Tribunal de Haia.
“Não creio que seja útil e nem justo. Cabe aos tribunais definir o termo genocídio, não aos Estados. A nossa opinião é de que Israel tem o direito de se defender”, disse.
Ele também reforçou a linha de Londres sobre o pedido de um “cessar-fogo sustentável”, passando pelo fim dos ataques com foguetes do Hamas contra Israel.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.