“Tomamos decisões apenas com base nos nossos próprios interesses”, afirmou Gantz à imprensa em Tel Aviv, dizendo que o país aprecia o apoio que recebe dos norte-americanos.
“Somente nós defenderemos a nós mesmos e a cada judeu”, continuou, dizendo que “o risco de ser eliminado” não é de Israel “mas de seus inimigos”.
“A expectativa é de tempos difíceis para nós”, afirmou ele sobre os próximos combates, mas disse que o gabinete de guerra está funcionando bem.
Duas semanas atrás, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e Benny Gantz, líder do partido da unidade nacional, anunciaram a formação de um governo de emergência e um gabinete de gestão de guerra para fazer o controle do conflito.
Questionado sobre a decisão, Gantz disse que “esta foi a medida certa para Israel e ela já se provou”. “Sou um soldado. Eu não estava fazendo política quando entrei para o governo de emergência. Assim como sabia quando entrar, também saberei quando sair”, afirmou, acrescentando que ficará “até depois da guerra”.
Na ocasião, o ex-ministro disse que o gabinete vai trabalhar em um novo plano para garantir a segurança de civis e das comunidades que o Estado planeja restaurar na zona que faz fronteira com Gaza, que foi alvo de bombardeios.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, já destacou que o país não está por trás da estratégia de Israel, e que é Israel quem deve decidir em qual momento iniciar a incursão em Gaza, mas Washington, o Pentágono e o Departamento de Estado estão articulando uma possível contenção do conflito.
“Nos preparamos, não direi como nem quando. A data da entrada na Faixa será decidida pelo gabinete de guerra”, disse ele. “Os objetivos são dois: eliminar o Hamas e liberar os reféns. Todos os que participaram do ataque de 7 de outubro são passíveis de morte.”