“Tomamos decisões apenas com base nos nossos próprios interesses”, afirmou Gantz à imprensa em Tel Aviv, dizendo que o país aprecia o apoio que recebe dos norte-americanos.
“Somente nós defenderemos a nós mesmos e a cada judeu”, continuou, dizendo que “o risco de ser eliminado” não é de Israel “mas de seus inimigos”.
“A expectativa é de tempos difíceis para nós”, afirmou ele sobre os próximos combates, mas disse que o gabinete de guerra está funcionando bem.
Duas semanas atrás, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e Benny Gantz, líder do partido da unidade nacional, anunciaram a formação de um governo de emergência e um gabinete de gestão de guerra para fazer o controle do conflito.
Questionado sobre a decisão, Gantz disse que “esta foi a medida certa para Israel e ela já se provou”. “Sou um soldado. Eu não estava fazendo política quando entrei para o governo de emergência. Assim como sabia quando entrar, também saberei quando sair”, afirmou, acrescentando que ficará “até depois da guerra”.
Na ocasião, o ex-ministro disse que o gabinete vai trabalhar em um novo plano para garantir a segurança de civis e das comunidades que o Estado planeja restaurar na zona que faz fronteira com Gaza, que foi alvo de bombardeios.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, já destacou que o país não está por trás da estratégia de Israel, e que é Israel quem deve decidir em qual momento iniciar a incursão em Gaza, mas Washington, o Pentágono e o Departamento de Estado estão articulando uma possível contenção do conflito.
“Nos preparamos, não direi como nem quando. A data da entrada na Faixa será decidida pelo gabinete de guerra”, disse ele. “Os objetivos são dois: eliminar o Hamas e liberar os reféns. Todos os que participaram do ataque de 7 de outubro são passíveis de morte.”
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.