As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) confirmaram nesta segunda-feira (23) que realizaram ataques terrestres limitados no norte da Faixa de Gaza. De acordo com Israel, o foco foi mirar áreas onde estão reunidos integrantes do Hamas.
“Durante a noite, houve ataques de tanques e forças de infantaria. Esses ataques são ataques que matam esquadrões de terroristas que se preparam para a próxima fase da guerra”, afirmou o porta-voz militar de Israel, o contra-almirante Daniel Hagari, citado por agências internacionais. “Essas operações também localizam e procuram qualquer coisa que possamos obter em termos de informações sobre os desaparecidos e os reféns”, completou.
De acordo com as IDF, esses ataques pontuais ainda não se tratam da invasão por terra que Israel vem anunciando nos últimos dias. Hagari disse que o principal objetivo desses ataques foram descobrir onde e como os membros do Hamas estão se reunindo. “Os terroristas estão se organizando em antecipação aos próximos estágios da guerra. E nosso papel é reduzir essas ameaças”, disse ele.
No domingo (22), o Hamas afirmou em comunicado que seus combatentes enfrentaram soldados israelenses que invadiram a parte sul da Faixa de Gaza. Esse ataque não foi confirmado pelas IDF.
Guerra
Enquanto se prepara para invadir Gaza por terra, Israel segue bombardeando a região com ataques aéreos. Apesar de ter pedido para que os palestinos se desloquem para o sul de Gaza por conta da iminente invasão por terra pelo norte, Israel segue bombardeando também alvos no sul. Até o momento, mais de 4,7 mil palestinos foram mortos.
Segundo o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, a guerra contra o Hamas terá três fases . A primeira é a que está em curso, com bombardeios em Gaza e uma futura invasão por terra “com o objetivo de destruir operacões e danificar infraestruturas, a fim de derrotar e destruir o Hamas”.
Depois, a segunda fase terá combates contínuos, mas com menor intensidade, a fim de “eliminar focos de resistência” do Hamas. A terceira fase, segundo Gallant, será “a criação de um novo regime de segurança na Faixa de Gaza, a remoção da responsabilidade de Israel pela vida cotidiana na Faixa de Gaza e a criação de uma nova realidade de segurança para os cidadãos de Israel e residentes da área ao redor de Gaza”.