Divulgado nesta quinta-feira (18) pelo Comitê de Proteção a Jornalistas (CPJ), o ranking de países que mais prendem jornalistas registrou uma estreia histórica: pela primeira vez, Israel faz parte da lista, empatado com o Irã na 6ª posição.
Confira a lista completa dos 10 países que mais prenderam jornalistas em 2023:
China (44 jornalistas)
Myanmar (43)
Bielorrússia (28)
Rússia (22)
Vietnã (19)
Irã e Israel (17 cada)
Eritreia (16)
Egito e Turquia (13 cada)
Segundo o CPJ, ao todo, foram 320 jornalistas encarcerados no ano passado em função de sua atividade. Este é o segundo maior índice desde o primeiro monitoramento realizado pela organização em 1992.
Nenhum jornalista preso em Israel é israelense
De acordo com o levantamento, dos 17 jornalistas sob custódia de Israel durante a realização do censo, nenhum era israelense. Todos os profissionais da imprensa detidos eram palestinos da Cisjordânia ocupada. No censo anterior, apenas um jornalista cumpria pena em prisões israelenses.
Para o CPJ, o aumento do índice de encarceramento de jornalistas em Israel evidencia os riscos assumidos pelos profissionais da imprensa que tentam cobrir o conflito na Faixa de Gaza, que teve início em 7 de outubro.
“É uma forma de silenciá-los, violando seu direito de expressão, participação política e trabalho jornalístico”, disse Tala Nasir, advogada do grupo de apoio a prisioneiros palestinos Addameer, em entrevista ao CPJ. “Eles não querem que os palestinos, os jornalistas, mostrem ao mundo todos esses crimes.”
Ainda segundo o CPJ, 14 dos 17 jornalistas palestinos sob custódia de Israel estão detidos sem qualquer acusação formal, o que só é possível graças a chamada “detenção administrativa”, um mecanismo legal herdado do Mandato Britânico da Palestina que permite o encarceramento de qualquer suspeito de ter cometido ou planejar cometer um crime no futuro.
Recorde de mortes de jornalistas
Enquanto na Cisjordânia o recorde é de prisões, em Gaza o recorde é de letalidade: o número de profissionais da imprensa mortos em um mês de conflito (37) já era mais que o dobro do registrado em 20 meses de guerra na Ucrânia (17). Em três meses de confronto, o número de jornalistas mortos subiu para históricos 83, segundo dados do CPJ.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.