A ONU incluiu Israel na “lista da vergonha” nesta sexta-feira (7), destacando o país entre nações e grupos armados que cometeram graves violações contra crianças em conflitos. Essa decisão gerou polêmica e reação do governo israelense.
O embaixador israelense na ONU, Gilad Erdan, não poupou críticas, chamando a decisão de vergonhosa e expressando preocupação com as implicações dessa inclusão de Israel na lista.
“O Exército de Israel é o mais moral do mundo, portanto essa decisão imoral só ajudará os terroristas e recompensará o Hamas”, comentou Erdan em seu perfil no X.
O contexto do conflito entre Israel e o Hamas remonta a outubro do ano passado, quando o grupo terrorista lançou ataques contra o país israelense, resultando em mortes e sequestros em massa.
Em resposta, o governo israelense defendeu seu território e visou eliminar as ameaças representadas pelo Hamas. “A primeira etapa termina agora com a destruição da grande maioria das forças inimigas que se infiltraram no nosso território”, afirmou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu na ocasião.
As críticas à conduta de Israel se referem à suposta desproporção dos ataques, que teriam vitimado mulheres, idosos e crianças.
O relatório sobre crianças em conflitos será apresentado ao Conselho de Segurança na próxima sexta-feira (14), marcando a primeira vez que Israel é incluído nesse grupo.
Israel, por sua vez, se defende das acusações, alegando que tem respondido aos ataques do Hamas e de seus aliados em legítima defesa. O governo israelense afirma estar agindo para proteger civis e combater o terrorismo.
“A ONU colocou-se hoje na lista suja da história quando se juntou aos apoiantes dos assassinos do Hamas. As IDF são o exército mais moral do mundo e nenhuma decisão delirante da ONU mudará isso”, lamentou Netanyahu pelas redes sociais.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.