“É da maior importância que o Conselho Europeu, em linha com os tratados e os nossos valores, defina a nossa posição comum e estabeleça uma linha de ação clara e unida que reflita a complexidade da situação em curso” em Israel, escreveu ele na carta enviada aos países-membros do bloco neste sábado (14).
Segundo Michel, “as cenas trágicas que estão ocorrendo na Faixa de Gaza devido ao cerco e à falta de bens de primeira necessidade, combinadas com a destruição causada pelos significativos bombardeios, estão fazendo soar o alarme na comunidade internacional”.
No documento, o líder do Conselho Europeu também expressa solidariedade ao povo de Israel e às vítimas dos ataques terroristas, destacando que Israel tem o direito de se defender em plena conformidade com o direito internacional, em particular o direito humanitário”.
“A União Europeia deve trabalhar para prestar assistência humanitária e evitar uma escalada regional do conflito e qualquer violação do direito humanitário”, acrescenta.
Michel concluiu que nunca se deve “perder de vista a importância de procurar uma paz duradoura e sustentável baseada em uma solução de dois Estados através de esforços revigorados no processo de paz no Oriente Médio”.
Em nota, o governo explicou que o petista lembrou o reconhecimento do Estado palestino pelo Brasil e expressou preocupação com os civis na região e o bloqueio da ajuda humanitária.
Segundo o comunicado, o presidente brasileiro enfatizou ainda que os inocentes em Gaza não devem pagar o preço da insanidade daqueles que querem a guerra, acrescentou a nota.
“Ambos reafirmaram a importância da busca por uma solução pacífica e pela paz para a região”, concluiu o texto.
A conversa entre os líderes acontece no dia em que os 16 brasileiros que estavam ao norte de Gaza, alojados em uma escola, conseguiram ser transferidos para uma área mais segura, longe de bombardeios, em Khan Yunis, próximo da fronteira com o Egito.
Com esse grupo, a Operação Voltando em Paz do governo federal soma 916 brasileiros e 24 pets que já retornaram ao Brasil ou estão em deslocamento para o país.
De acordo com o embaixador do Brasil em Israel, Fred Meyer, toda sua equipe está mobilizada 24 horas para garantir que todos os brasileiros que tenham interesse em voltar sejam repatriados.
“Todos os que quiserem sair, sairão. Essa é a ordem do presidente Lula”, afirmou o diplomata.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.