Um dos primeiros alvos do Hamas foi uma festa rave chamada Universo Paralello, que acontecia no sábado (7) no deserto de Negev, no sul de Israel e a menos de 20 quilômetros da Faixa de Gaza. Neste ataque, 260 corpos foram encontrados no local onde aconteceu a rave. Entre eles estavam os brasileiros, Bruna Valeanu e Ranani Nidejelski Glazer , ambos de 24 anos, e Karla Stelzer Mendes , de 42 anos.
Ainda naquele fim de semana, Israel declarou guerra ao grupo terrorista e bombardeios começaram entre os dois lados.
Os acontecimentos recentes são reflexo de um conflito entre Israel e Palestina que já dura décadas. A região sempre foi ocupada por judeus e por palestinos, povo etnicamente árabe, de maioria muçulmana, o que gera conflitos sobre território. Ademais, os confrontos são constantes, e o último longo embate foi em 2021, durando 11 dias.
Em 2014, na terceira guerra entre Hamas e Israel, mais de 2.200 palestinos, incluindo 1.462 civis, foram mortos, conforme os dados da Organização das Nações Unidas (ONU). Esse conflito durou seis semanas e provocou a morte 74 israelenses, incluindo seis civis.
Em Israel, o confronto atual é o mais mortal em 50 anos. Em 1973, o país teve um confronto com o Egito e a Síria, chamado Guerra do Yom Kippur, que levou os israelenses a derrota na época. Eles não conseguiram deter os ataques árabes, resultando na morte de mais de 2.600 israelenses.
Do lado do Egito, foram 15 mil vítimas e 3.500 sírios mortos. Poucos anos depois, Israel assinou um acordo de paz com o Egito e um Acordo de Desengajamento de Forças de 1974, com a Síria.
Israel e Palestina
O início dos confrontos entre Israel e Palestina aconteceu nos anos de 1948 e 1949, quando diversos países árabes declararam guerra a Israel, após a fundação do Estado Judeu.
Na primeira guerra árabe-israelense, Israel foi atacado pelo Egito, Síria, Líbano, Iraque e Transjordânia (atual Jordânia). As Forças Armadas israelenses resistiram aos ataques e ainda conseguiram ampliar seu território em meio ao conflito, o que resultou na saída de aproximadamente 700 mil palestinos da região.
Esta é uma das grandes exigências do Hamas atualmente, que os descendentes dos palestinos forçados a se refugiarem em outros países naquela época, voltem a ocupar o território que hoje é de Israel.
Com inúmeras outras guerras acontecendo desde então, os palestinos não possuem um Estado nacional e vivem em situações precárias na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, onde ficaram divididos. Atualmente, o conflito entre Israel e Hamas acontece principalmente na região de Gaza, onde mantimentos, energia e combustível estão limitados.
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 1 milhão de pessoas já se descolaram de suas casas na Palestina e se direcionaram ao sul. Segundo a Unicef, mais de 700 crianças morreram em Gaza desde o início do confronto com Israel.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.