A aviação israelita bombardeou neste domingo (14) o Vale de Bekaa, um reduto do grupo xiita Hezbollah no leste do Líbano, longe da fronteira comum, num contexto de crescente tensão regional depois do ataque do Irã contra Israel.
O bombardeamento por “combatentes inimigos” teve como alvo a aldeia de Nabi Chit, no distrito de Baalbek, uma zona que já tinha sido alvo de vários ataques durante os últimos dois meses de combates, informou o jornal online Al Ahed News, propriedade do Hezbollah.
De acordo com a Agência Nacional de Notícias (ANN) libanesa, os projéteis atingiram um edifício na localidade, que ficou destruído com o impacto, enquanto as forças de segurança isolaram a área, sem que tenham sido registradas vítimas até ao momento.
A ação ocorre depois de o Irã ter lançado um grande número de mísseis e drones contra Israel na noite passada, em resposta ao bombardeamento de há duas semanas que destruiu o consulado iraniano em Damasco e matou sete membros da Guarda Revolucionária, incluindo dois generais proeminentes.
O Líbano lidera a lista dos países com maior risco de serem arrastados para uma potencial escalada regional decorrente deste ataque sem precedentes, uma vez que o Hezbollah – um aliado próximo do Irã – tem estado envolvido em intensos confrontos com Israel há mais de meio ano.
Os confrontos, os piores desde a guerra travada entre a formação libanesa e o Estado judaico em 2006, concentraram-se sobretudo nas zonas fronteiriças, mas nos últimos dois meses Israel já tinha bombardeado o Vale de Bekaa em momentos de especial tensão.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.