O Exército de Israel afirmou nesta segunda-feira (6) que atingiu 450 alvos do grupo armado palestino Hamas , entre combatentes, complexos militares, postos de observação, postos de lançamento de mísseis antitanque e túneis.
O exército alegou ter descoberto uma entrada nos túneis do Hamas acoplados ao Hospital Sheikh Hamad, em Gaza. Durante uma coletiva de imprensa, o porta-voz militar Daniel Hagari também exibiu um vídeo que, segundo ele, mostrava combatentes do Hamas atirando em soldados israelenses de dentro do hospital. Não foi possível verificar as afirmações de Hagari.
Israel tem visado escolas, hospitais e ambulâncias com base nas suas alegações de que o Hamas está usando estas instalações e infraestruturas civis como escudos para as suas operações subterrâneas.
O Hamas negou repetidamente as alegações, acusando o exército israelita de espalhar mentiras e de ter como alvo civis.
Desde 7 de outubro, quando o Hamas deu início ao conflito, os ataques aéreos israelitas têm repetidamente visado hospitais, instalações geridas pela ONU, campos de refugiados, escolas, mesquitas e igrejas, resultando na morte de civis, segundo as autoridades de saúde locais.
Até o momento o número de mortos na Faixa de Gaza é superior a 9.800, enquanto em Israel é de 1.405.
Cessar-fogo
Os chefes de 18 organizações da ONU e de outras organizações humanitárias emitiram uma rara declaração conjunta apelando a um “cessar-fogo humanitário imediato” em Israel e na Palestina.
“Basta”, diz o comunicado. “Isso deve parar agora.”
A carta foi assinada pelos chefes das 18 organizações, conhecidas como Comitê Permanente Interinstitucional (Inter-Agency Standing Committee).
“Toda uma população está sitiada e sob ataque, sem acesso aos bens essenciais para a sobrevivência, bombardeada nas suas casas, abrigos, hospitais e locais de culto. Isso é inaceitável. Mais de 100 ataques contra os cuidados de saúde foram relatados”, continua o texto.
Quem assina o texto:
Sr. Martin Griffiths, Coordenador de Ajuda de Emergência e Subsecretário Geral para Assuntos Humanitários (OCHA)
Sra. Sofia Sprechmann Sineiro, Secretária Geral, CARE International
Sra. Jane Backhurst, Presidente do Conselho da ICVA (Christian Aid)
Sr. Jamie Munn, Diretor Executivo, Conselho Internacional de Agências Voluntárias (ICVA)
Sra. Anne Goddard, Diretora Executiva e Presidente a.i., InterAction
Sra. Amy E. Pope, Diretora Geral, Organização Internacional para as Migrações (OIM)
Sra. Tjada D’Oyen McKenna, CEO, Mercy Corps
Sr. Volker Türk, Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH)
Sra. Janti Soeripto, Presidente e Diretora Executiva, Save the Children
Sra. Paula Gaviria Betancur, Relatora Especial das Nações Unidas sobre os Direitos Humanos das Pessoas Deslocadas Internamente (Relatora Especial sobre Direitos Humanos dos Deslocados Internos)
Sr. Achim Steiner, Administrador, Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD)
Dra. Natalia Kanem, Diretora Executiva, Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA)
Sr. Filippo Grandi, Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR)
Sra. Maimunah Mohd Sharif, Diretora Executiva, Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos (ONU-Habitat)
Sra. Catherine Russell, Diretora Executiva, Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF)
Sra. Sima Bahous, Subsecretária Geral e Diretora Executiva, ONU Mulheres
Sra. Cindy McCain, Diretora Executiva, Programa Alimentar Mundial (PMA)
Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, Diretor-Geral, Organização Mundial da Saúde (OMS)
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.