Uma multidão invadiu as ruas da capital irlandesa durante a noite da última quinta-feira (23), e ônibus e carros de polícia foram queimados. Segundo a autoridades, ao menos 34 pessoas foram detidas e um policial foi internado em estado grave após ser atacado.
A tensão na mobilização ocorreu após circularem informações de que o agressor seria uma imigrante proveniente da Argélia. Diversas pessoas com rostos cobertos portavam barras de metal, e uma loja de departamento foi saqueada.
“Nunca vimos distúrbios públicos como este, houve 34 prisões, um policial sofreu ferimentos bastante graves e outros foram atingidos por objetos atirados contra eles”, declarou o comissário de polícia, Drew Harris, durante entrevista coletiva.
Segundo ele, houve um surto extraordinário de violência, mas “está claro que as pessoas foram radicalizadas através das redes sociais”. Para Harris, os manifestantes são extremistas de direita e hooligans que cometem ações violentas. Mais de 400 agentes foram mobilizados.
O premiê irlandês, Leo Varadkar, enfatizou que os motins – atribuídos a cerca de 200 simpatizantes da extrema-direita nacionalista determinados a explorar o esfaqueamento de três crianças de uma forma anti-islâmica e anti-imigrante – são “uma vergonha para a Irlanda”.
Entenda o caso
Ao menos cinco pessoas, incluindo três crianças, foram esfaqueadas em um ataque no centro de Dublin, na Irlanda, na noite da última quinta-feira (23).
Segundo relatos, um homem, aparentemente de 50 anos, tentou atingir outras pessoas, mas foi impedido por pedestres. Na sequência, ele foi detido pelas autoridades locais.
O atentado ocorreu em frente à escola Gaelscoil Choláiste Mhuire, no centro da capital irlandesa. Uma professora de 30 anos e uma menina de seis anos, que sofreu ferimentos na cabeça, foram hospitalizadas em estado grave.
As autoridades locais estão descartando a possibilidade de terrorismo, mas abriram uma investigação para apurar o caso, que provocou revolta no país e levou uma multidão às ruas em protestos violentos.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.