O Irã prometeu se vingar pela morte de Ismail Haniyeh, chefe do Hamas que foi morto em um ataque aéreo em Teerã. O país acusa Israel de ser responsável pelo ataque.
O líder do Irã, o aiotolá Ali Khamenei prometeu “punição severa” para os israelenses. Ainda, o novo presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, disse que seu país “defenderá sua integridade territorial” e disse que “Israel se arrependerá pelo assassinato covarde”.
Haniyeh morreu horas após depois da posse de Pezeshkian, ainda em Teerã, na terça-feira (30), segundo comunicado do Hamas, grupo extremista.
“Há ameaças vindas de todas as direções. Estamos preparados para qualquer cenário e permaneceremos unidos e determinados contra qualquer ameaça”, afirmou Netanyahu em comunicado na TV israelense.
“Israel cobrará um alto preço por qualquer agressão de qualquer arena”, afirmou o primeiro-ministro.
Ismail Haniyeh, líder do Hamas assassinado no Irã, em foto de 2006 MOHAMMED ABED
Alckmin, Ismail e outras autoridades estiveram presentes na posse do presidente do Irã Reprodução
Ismail Haniyeh tinha 62 anos Reprodução: commons
Conflito potencializado
A última vez que o Irã prometeu vingança, há poucos meses, disparou centenas de mísseis e drones contra Israel, que respondeu com mais bombardeios próximo às instalações nucleares iranianas.
É possível ainda que a resposta do Irã possa envolver grandes ataques contra Israel ou uma intensificação de ataques regionais, como o Hezbollah.
Ainda, a morte de Haniyeh pode comprometer ainda mais as negociações de paz entre Israel e o Hamas, visto que [, em dezembro, o grupo extremista suspendeu brevemente as negociações de cessar-fogo após o assassinato do vice de Haniyeh na capital libanesa, Beirute.
As declarações dos países mediadores após a morte de Haniyeh também reforçam que o objetivo de cessar-fogo pode ter sido prejudicado.
“O assassinato político e o contínuo ataque a civis em Gaza enquanto as conversas continuam nos levam a perguntar: como pode a mediação ter sucesso quando uma das partes assassina o negociador do outro lado?”, afirmou o primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdul Rahman Al Thani.
O Egito disse que o ataque demonstra falta de vontade política de Israel para a paz, já o Iraque chamou o ataque de uma “grave violação” que pode desestabilizar a região.
A Turquia declarou que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, não tem “nenhuma intenção de alcançar a paz”.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.