Teerã prometeu neste sábado (20) realizar ataques de vingança contra Israel, após um míssil ter destruído um edifício usado como base da Guarda Revolucionária de elite do Irã em Damasco, matando cinco membros da guarda e um número não especificado de tropas sírias.
Ambulâncias e caminhões de bombeiros se reuniram ao redor do local do ataque, que estava isolado, conforme relatado por um jornalista da agência de notícias Reuters. As operações de resgate para pessoas presas sob os escombros continuaram ao longo do dia. Uma grua estava no local para içar lajes de concreto dos destroços.
Uma fonte de segurança, que faz parte de uma rede de grupos próximos ao governo da Síria e do aliado Irã, disse que o edifício de vários andares era utilizado por assessores iranianos que apoiavam o governo do presidente Bashar al-Assad. A fonte afirmou que o edifício foi completamente destruído por “mísseis israelenses de precisão direcionada”.
Mais mortos
A Guarda Revolucionária afirmou que um número não especificado de membros do Exército sírio foi morto, juntamente com os cinco iranianos, cujas identidades foram mencionadas sem a indicação de seus postos. A fonte de segurança disse que um dos iranianos mortos comandava a unidade de informações da força de elite.
Não houve comentários imediatos por parte de Israel, que há muito tempo vem realizando campanha de bombardeio contra a presença militar e de segurança do Irã na Síria, mas normalmente não discute tais ataques publicamente.
Ataques
Israel matou guardas iranianos em vários desses ataques, como parte de uma campanha intensificada após o ataque em 7 de outubro a Israel por militantes do grupo islâmico palestino Hamas, apoiado pelo Irã, em Gaza.
O ataque foi uma “tentativa desesperada de espalhar instabilidade na região”, afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Nasser Kanaani, em declarações divulgadas pela mídia estatal. “O Irã reserva-se o direito de responder ao terrorismo organizado do regime sionista falso no momento e local apropriados”, disse Kanaani.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.