O Irã prometeu retaliação “rápida e pesada” a Israel após o assassinato de dois chefes do Hamas e Hezbollah, grupos extremistas aliados aos iranianos, informou o jornal The Wall Street Journal. Segundo o veículo norte-americano, a declaração foi dada por um diplomata iraniano e direcionada aos EUA e Arábia Saudita, que tentam mediar a situação a fim de evitar um novo conflito no Oriente Médio.
O governo do Irã ainda está, de acordo com a publicação, atuando para impedir que diplomatas dos EUA e Arábia Saudita tentem evitar uma escalada nas tensões na região. O diplomata iraniano teria se referido às tentativas como “infrutíferas”.
“Não há sentido (nas conversas para evitar escalada). Israel ultrapassou todas as linhas vermelhas (…) Nossa resposta será rápida e pesada”, disse ele.
Uma escalada de tensão toma conta do Oriente Médio após a morte de líderes do Hamas e do Hezbollah nesta semana. O temor é que se inicie uma guerra entre Israel e Irã e grupos terroristas aliados aos iranianos.
O chefe de governo alertou que Israel terá “dias desafiadores pela frente” e garantiu que “cobrará um alto preço por qualquer agressão”, como a ofensiva atribuída ao Hezbollah que matou 12 jovens nas Colinas de Golã anexadas.
“É uma guerra de sobrevivência contra o anel de mísseis terroristas que nos rodeia. Desde o início do conflito temos lutado contra o eixo do mal do Irã”, comentou Netanyahu.
Com isso, Israel e os EUA se preparam para um possível ataque iraniano, que pode vir a qualquer momento e, de acordo com o The Wall Street Journal, ainda neste final de semana.
Nessa sexta (2), os Estados Unidos anunciaram, inclusive, o envio de mais equipamentos a Israel, como destróieres, cruzadores e um esquadrão de caças ao Oriente Médio, conforme o Pentágono.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.