O chanceler do Irã, Hossein Abdollahian, ministro de Relações Estrangeiras, alertou Israel sobre os riscos de uma escalada da guerra. Segundo ele, se o país continuar, há um risco do conflito se alastrar para outras nações da região. Ele afirma que isso faria Israel sofrer um “enorme terremoto”, uma vez que o Hezbollah apoia o Hamas e ambos estão levando o conflito a outros territórios .
Em entrevista a jornalistas, Abdollahian afirmou que “qualquer passo que a resistência (Hezbollah) tome causará um enorme terremoto na entidade sionista”, completando que quer “alertar os criminosos de guerra e aqueles que apoiam esta entidade (Israel) antes que seja tarde demais para parar os crimes contra civis em Gaza, pois pode ser tarde demais dentro de algumas horas.
O chanceler afirma que o Hezbollah é a principal ameaça contra Israel , que estima que o grupo tem cerca de 150 mil foguetes e mísseis, incluindo alguns que conseguiriam atingir qualquer ponto do território israelense. Além disso, contam com militares treinados em conflitos, especialmente os longos 12 anos de guerra na Síria. O grupo luta ao lado do governo sírio.
O grupo libanês paramilitar e Israel já travaram uma guerra em 2006, conflito que durou de 12 de julho até 14 de agosto. As batalhas só foram encerradas após um cessar-fogo promovido pela ONU. Na ocasião, o Irã foi um dos apoiadores do Hezbollah. Na prática, a nação iraniana e a israelense travam uma guerra indireta desde então.
O vice-chefe do Hezbollah, o Xeque Naim Qassem, disse que o grupo está “pronto” e “contribuiria” para os confrontos contra Israel. “O Hezbollah conhece perfeitamente os seus deveres. Estamos preparados e prontos, totalmente prontos, e acompanhamos os desenvolvimentos momento a momento”, ameaçou.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.