Connect with us

MATO GROSSO

Investigador de polícia é denunciado por homicídio qualificado 

Publicado

em

O Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT) denunciou o investigador de polícia Leonel Constantino de Arruda pelo homicídio duplamente qualificado de Anderson Conceição de Oliveira e reivindicou que seja arbitrada indenização a título de reparação dos danos materiais e morais sofridos pela vítima e/ou familiares e difusos. O promotor de Justiça Vinicius Gahyva Martins, da 1ª Promotoria de Justiça Criminal de Cuiabá, ainda requereu a decretação da prisão preventiva do denunciando.

O crime aconteceu em abril de 2022, próximo à 1ª Delegacia de Polícia – Central de Ocorrências, no centro de Cuiabá. “Leonel Constantino de Arruda, valendo-se de arma de fogo, por meio que resultou perigo comum e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, matou Anderson Conceição de Oliveira, ao efetuar um disparo certeiro na cabeça”, narrou o promotor de Justiça. 

De acordo com a denúncia, a vítima compareceu à 1ª Delegacia de Polícia – Central de Ocorrências para registrar Boletim de Ocorrência (BO) referente a extravio de documentos. Enquanto confeccionava o BO, a estagiária da unidade verificou no sistema que a vítima se tratava de “suspeito com procedimento”. Ao consultar o Banco Nacional de Mandados de Prisão, constatou que havia um mandado de prisão pendente de cumprimento em nome dele. 

A estagiária se dirigiu à sala do investigador e reportou a situação. Em seguida, Leonel saiu da sala, viu a vítima próximo à porta de saída e ordenou que parasse. Temendo ser preso, Anderson fugiu e o investigador foi atrás e disparou contra ele. A vítima foi socorrida e encaminhada ao Pronto Socorro Municipal de Cuiabá pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não resistiu à gravidade da lesão e morreu. 

“Verifica-se que a conduta do denunciando resultou perigo comum, porquanto vulnerou a ilesibilidade física de número indeterminado de pessoas, ou seja, não apenas de pedestres como de outros indivíduos que conduziam seus veículos pela via, porquanto efetuou disparo de arma de fogo em plena luz do dia, às 10h32min, na Avenida Tenente Coronel Duarte (Prainha), via pública conhecida pela grande movimentação de transeuntes”, pontuou Vinicius Gahyva. 

O promotor acrescentou que o “crime também foi praticado mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, surpreendida pela extremada violência empregada na conduta hedionda do denunciando, de efetuar um disparo de arma de fogo preciso e pelas costas, que acertou a parte posterior da cabeça do ofendido”.
 

Fonte: Ministério Público MT – MT

Continue Lendo

MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

Publicado

em

Por

A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

Continue Lendo
WhatsApp Image 2024-03-04 at 16.36.06
queiroz

Publicidade

Câmara de Vereadores de Porto Esperidião elege Mesa Diretora